Pandemia pode perdurar por muito tempo ainda, prevê OMS

03/08/2020 - 10h43

O Comitê de Emergência da OMS (Organização Mundial de Saúde) prevê que a pandemia da Covid-19 irá durar muito tempo e, por isso, é necessário continuar os esforços para a sua contenção em todo o mundo. Segundo dados oficiais da OMS, a doença já provocou 675.060 mortos e infectou quase 17,4 milhões de pessoas em todo o mundo.

O grupo de 18 cientistas que formam o comitê de emergência da OMS, se reuniu por videoconferência e avaliou a evolução da pandemia do novo coronavírus, tendo em conta toda a informação científica que surgiu sobre a Covid-19 nos últimos três meses, data da última reunião.

“A pandemia é uma crise sanitária que ocorre uma vez em cada século e os seus efeitos serão sentidos nas décadas seguintes”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ao Comité, segundo um comunicado da organização.

O responsável fez também um balanço do que tem acontecido, salientando que “muitos países que pensavam que o pior já tinha passado estão agora enfrentando novos surtos, outros que tinham sido menos afetados estão com aumentos de casos e de óbitos, enquanto países que tiveram grandes surtos conseguiram controlá-los”.

Recomendações

Entre as principais recomendações que o Comitê de Emergência dirigiu à OMS está a necessidade de continuar apoiando os países com serviços médicos mais frágeis, bem como a necessidade de continuar a impulsionar as investigações em curso para se encontrar um ou mais tratamentos e vacinas para a Covid-19.

O objetivo é que, quando existir uma vacina, os países com menos recursos não fiquem de fora por incapacidade de compra. A distribuição de vacinas deve ser a mais equitativa possível, defendeu o comitê.

Atualmente três potenciais vacinas estão na fase três dos ensaios clínicos, para testar a sua segurança e eficácia – Estados Unidos, Inglaterra e China.

A OMS referiu a este propósito que poderá ser possível que uma vacina esteja pronta para comercialização “na primeira metade de 2021”.

O Comitê indicou que os países devem tomar medidas proporcionais e aconselhar os cidadãos em função dos riscos, avaliando as suas informações de forma regular.

Por outro lado, recomendou que os serviços de saúde sejam reforçados para permitir a identificação de novos casos e o rastreio de contatos.

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