Os partidos
políticos indicaram os nomes dos nove deputados estaduais para compor a
comissão especial da Assembleia Legista de Santa Catarina (Alesc) que vai
julgar o pedido de impeachment por crime de responsabilidade do
governador Carlos Moisés (PSL), da vice Daniela Reinehr (sem
partido) e do secretário de Estado da Administração, Jorge Eduardo Tasca.
Conforme a Alesc informou nesta quinta-feira (20), na sessão da próxima
terça (25) o presidente da Casa, Julio Garcia (PSD), fará a leitura dos nomes e
a eleição simbólica dos deputados. Depois, o mais velho deles convocará a
reunião de instalação da comissão, com a eleição do presidente e do relator.
O legislativo já havia definido que o MDB, o Bloco Social
Liberal (PSL e PL), o Bloco PP-PSB-Republicanos-PV e o Bloco Social Democrático
(PSD-PSDB-PDT e PSC) teriam duas vagas cada um na comissão, e o PT, uma. A
divisão considerou a representação numérica de cada partido ou bloco no dia 1º
de fevereiro de 2019, conforme determina o regimento.
Assim, os deputados indicados são:
Luiz Fernando Vampiro (MDB) e
Sopelsa (MDB);
Marcos Vieira (PSDB) e Ismael dos
Santos (PSD), pelo Bloco Social Democrático;
João Amin (PP) e Sergio Motta
(Republicanos), pelo Bloco PP-PSB-Republicanos-PV;
Jesse (PSL) e Maurício Scudlarck
(PL), pelo Bloco Social Liberal;
Fabiano da Luz (PT).
A principal atribuição da comissão especial será analisar as defesas de
Moisés, Daniela e Tasca. Eles foram notificados oficialmente da denúncia no dia
30 de julho e terão prazo de dez sessões ordinárias para apresentarem as
respostas, o que deve ocorrer até 25 de agosto.
Depois que receberem as manifestações, os membros da comissão terão
cinco sessões ordinárias para emitirem o parecer que resultará no projeto de
decreto legislativo (PDL) sobre o acatamento ou não da denúncia.
Pedido de impeachment
O pedido de impeachment foi aberto na Alesc no dia 30 de julho, a pedido do
defensor público Ralf Zimmer Junior, que acusano governador, a vice e o
secretário de crime de responsabilidade ao dar reajuste salarial aos
procuradores do Estado, visando à equiparação remuneratória com os procuradores
jurídicos da Alesc. Assim, os salários passaram de R$ 33 mil para R$ 38 mil.
Moisés, Daniela e Tasca negam quaisquer irregularidades no caso.
O processo chegou a ser suspenso após decisão do desembargador Luiz Cézar Medeiros,
do Tribunal de Justiça (TJSC), que aceitou o argumento da defesa de Moisés de
que não foram respeitadas as fases referentes à ampla defesa. Porém,
o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, atendeu ao recurso da Alesc e derrubou a determinação, e o
andamento do caso foi retomado. Agora, os advogados do governador tentam
reverter essa ordem judicial.
Segundo a definição do legislativo sobre a tramitação do processo, os
trabalhos referentes ao impeachment devem ser concluídos em até 180 dias.
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