Depois de dias em silêncio, o ministro da Economia, Paulo Guedes, falou pela primeira vez no ano nesta segunda-feira (25). Ele afirmou que o programa de vacinação em massa é essencial para a retomada da economia e defendeu o governo das críticas de que não estaria atuando em prol da imunização.
“A vacinação em massa é decisiva e um fator crítico de sucesso para o desempenho da economia logo à frente”, disse ele. “Tem muita gente subindo em cadáveres para fazer política. Isso não é bom, a população vai ver isso”, complementou, sem citar nomes.
O governo enfrenta dificuldades para a compra de vacinas, seja porque entrou tarde nas negociações, seja porque as empresas que fabricam o imunizante estão sofrendo com a falta de insumos. Nesse entrave, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), um dos principais adversários políticos do presidente, conseguiu dar início à vacinação por meio do Instituto Butantan, atropelando o governo federal.
“Um recado que eu deixaria é: primeiro, a vacinação em massa. Estamos no país do Oswaldo Cruz. Parabéns à Fiocruz, parabéns ao Butantan, parabéns à Anvisa, às Forças Armadas que ajudam na logística da distribuição. E parabéns com louvor aos profissionais de saúde que estão à frente nessa guerra contra a pandemia”, disse o ministro.
Paulo Guedes citou Israel como um exemplo de sucesso na política de vacinação – que teve queda de 60% na internação de idosos, três semanas após o início da imunização, segundo relatório do Maccabi Helthcare Services.
“Estamos comprando todas as vacinas e é possível que o Brasil surpreenda de novo favoravelmente se conseguirmos derrubar a taxa de mortalidade”, informou. A saída para a crise, segundo o ministro, é vacinar os idosos.
Reformas
O ministro voltou a cobrar medidas que foram aprovadas no Senado
e que, segundo ele, estão paradas na Câmara. “É preciso limpar pauta logo na
volta do Congresso, destravando o horizonte de investimentos. Isso é crítico e
está na nossa frente”, disse.
O governo espera eleger o deputado Arthur Lira (PP- AL), em
substituição ao deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), com quem Guedes travou vários
embates nos últimos dois anos.
Numa estocada no governador de São Paulo, Guedes defendeu a reforma tributária, mas reforçou o discurso do presidente Jair Bolsonaro de que não deve haver aumento de impostos com a mudança.
“Houve uma tentativa de aumento de impostos em são Paulo. Nós não concordamos, não aprovamos aumento de impostos. Esse é o motivo que atrasamos a reforma tributaria”, afirmou.
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