Em reunião na manhã desta terça-feira (25), a CCJ (Comissão
de Constituição e Justiça) aprovou a admissibilidade do texto que cria a
Polícia Penal no Estado. Com a anuência, a Proposta de Emenda à Constituição
está mais perto de virar lei na Assembleia Legislativa de Santa
Catarina.
Tramitando em caráter de urgência, a matéria deve ser votada no plenário do legislativo até o fim de setembro. Se a lei for aprovada, os agentes prisionais que trabalham dentro das prisões passarão a ter suas carreiras equiparadas aos demais policiais catarinenses.
O texto vai agora para o plenário da Alesc e depois volta para a CCJ. No trâmite do legislativo, a PEC precisa ser aprovada nas Comissões de Finanças e Tributação, e Segurança Pública. O deputado Fabiano da Luz é o relator da matéria e fez a leitura da PEC nesta manhã:
“Cabe ressaltar aqui que nós estamos tramitando também um projeto de lei do deputado Maurício Eskudlark que trata também da polícia Penal. Essa matéria também é interesse da categoria”, disse. “O que nós estamos fazendo aqui é dando a admissibilidade da PEC para que, ela aprovada aqui, seja submetida ao plenário e o plenário aprovando, ela volta para CCJ para que aí nós possamos tramitar conjuntamente com o PL do deputo e propor as emendas”, afirmou da Luz.
Discutida desde 2005, a modificação em Santa Catarina ocorre após a aprovação da lei em âmbito nacional. Em dezembro do último ano, deputados federais alteraram a natureza da profissão na Emenda Constitucional nº. 104/2019.
O texto também determinou a necessidade da adequação de cada
estado por meio dos poderes legislativos.
“É um anseio de toda a categoria dos agentes penitenciários essa transformação
a nível nacional e agora Santa Catarina também está se aptando”, comemorou
Eskudlark na CCJ.
O que
muda
Com a
lei, o futuro do trabalho dentro das penitenciárias, presídios e centros
socioeducativos deve ser reformulado. A criação da polícia tira servidores
terceirizados das unidades de segurança, além de trazer mais responsabilidade
aos agentes. Eles terão que cumprir prisão de foragidos do sistema
prisional e realizar escoltas, por exemplo.
Outra mudança trará reflexo no salário dos
servidores. Após a criação da Polícia Penal, o valor que os profissionais
recebem deve ser equiparado ou chegar mais próximo das demais forças policiais
no Estado. Essa questão, porém, depende de outra lei, que só poderá ser
construída após a criação da força de segurança.
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