Imagens: Divulgação/Pixabay
Um grupo formado por 27 pessoas flagradas em uma festa
clandestina durante a pandemia, em 17 de abril deste ano, no extremo oeste do
Estado, aceitou transação penal proposta pelo Ministério Público e vai pagar pena
pecuniária e prestar serviços comunitários por infringir determinação do poder
público destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa, o
que configurou crime de aglomeração.
O evento ocorreu nos fundos de uma ervateira na cidade
de Palma Sola. Cerca de 40 pessoas estavam presentes na confraternização, todas
sem adotar o uso de máscaras e o distanciamento social. Parte delas, quando a
Polícia Militar chegou, embrenhou-se pelo matagal para fugir do local. Os
demais assinaram termo circunstanciado, lavrado naquele momento pelos
policiais, e passaram nesta semana por audiência em que aceitaram a transação
penal, homologada no Juizado Especial Criminal da comarca de Dionísio
Cerqueira.
A audiência da última terça-feira (11/5) reuniu 20 homens e
sete mulheres na condição de acusados. A conversa aconteceu através de um grupo
de WhatsApp, criado exclusivamente para a audiência, cada um de sua casa ou
trabalho. Em 30 minutos foi possível chegar ao acordo. O chefe de cartório do
Juizado, Junior Finger, atuou como conciliador. Segundo ele, cada participante
recebeu previamente vídeos do Poder Judiciário e do advogado nomeado com
orientações antes da audiência. Durante o ato também foi possível sanar dúvidas
remanescentes com o procurador dativo.
"Produzimos vídeos específicos para o caso, explicando o
processo e antecipando as propostas do Ministério Público. Dessa forma, os réus
iniciaram a audiência munidos de todas as informações necessárias, o que
garantiu o bom e ágil andamento do ato. A conversa no grupo serviu para
oficializar a opção de cumprimento do acordo de transação penal", destaca
Finger. O crime de aglomeração é considerado de menor potencial ofensivo, pois
tem pena máxima prevista inferior a dois anos. Por isso, o caso tramitou no Juizado
Especial Criminal.
Dos 27 acusados, 22 optaram por pagar pena pecuniária no
valor de R$ 500. O valor será destinado a projetos sociais, educacionais e de
segurança desenvolvidos na comarca. Outros cinco réus prestarão serviços
comunitários no total de 20 horas no prazo de um mês."Já foram realizadas
várias audiências na unidade por aglomeração, mas em nenhuma outra houve tantos
acusados. O número de participantes inviabilizou a realização de audiência por
vídeo. O WhatsApp tem contribuído bastante no dia a dia do Juizado por ser
acessível a todos, facilitar a comunicação e garantir a agilidade tão esperada
por parte da Justiça, tudo isso sem gerar riscos de contágio da Covid-19",
salienta o conciliador.
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