Pesquisadores brasileiros, de Maceió (AL), estão produzindo
respirador mecânico de baixo custo. Batizado de ‘Respiral’, o ventilador foi
construído em quinze dias e tem valor estimado em R$ 3,5 mil. O preço de um
respirador convencional no mercado interno é de, no mínimo, R$ 50 mil.
O projeto é coordenado pelo Exército Brasileiro e tem por objetivo suprir
a demanda do equipamento nos hospitais públicos, que tende a crescer nos
próximas semanas, de acordo com o Ministério da Saúde. O aparelho é fundamental
para auxiliar pacientes internados com quadro de insuficiência respiratória, um
dos sintomas graves da Covid-19.
O protótipo funciona a partir do ambu, uma espécie de reanimador manual
que faz o aparelho gerar ventilação. O ventilador também possui sensores de
fluxo de ar, de pressão e de volume. O profissional de saúde poderá
configurá-lo quanto à frequência, epeep e outros parâmetros por meio de um
display sensível ao toque. Essas configurações são essenciais para conferir
utilidade ao aparelho, uma vez que cada caso precisa de calibragem específica
do oxigênio.
De acordo com o Ministério da Defesa, a ideia partiu de um sargento do 59º
Batalhão de Infantaria Motorizado. Rodrigo Costa dos Santos também é matemático
e desenvolve projetos nas áreas de engenharia química e mecânica. Além do
militar, fazem parte da iniciativa o professor do Instituto Federal de Alagoas,
Edson Camilo, três engenheiros mecatrônicos, um programador, um médico e um
engenheiro eletricista, especialista em respirador mecânico.
Dados do Ministério da Saúde apontam que o Brasil tem 65 mil respiradores,
dos quais, aproximadamente, 46 mil estão disponíveis no Sistema Único de Saúde
(SUS). Prevendo alta demanda por este equipamento, nos próximos meses, devido
às internações de pacientes com Covid-19, o órgão anunciou a compra de mais
10,8 mil respiradores de empresas nacionais.
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