A Petrobras elevará
em 4% o preço médio do diesel em suas refinarias e em 5% o da gasolina a partir
de terça-feira, informou a companhia nesta segunda-feira, em meio a uma alta do
petróleo nas últimas semanas e uma desvalorização do real frente ao dólar nas
últimos dias.
Com a alta de 4%, o
preço médio do combustível mais vendido do Brasil passará a ser de 2,02 reais
por litro. No acumulado do ano, a redução do valor é de 13,2%, segundo informou
a Petrobras.
Já o preço médio da
gasolina da Petrobras para as distribuidoras serão de 1,84 real por litro,
acumulando no ano, redução de 4,1%.
Apesar da alta das
cotações dos combustíveis da Petrobras na terça-feira, especialistas apontam a
permanência de uma defasagem ante a paridade de importação.
“Faz cerca de três
semanas que a Petrobras trabalha com defasagem de mais de 10 centavos em
relação ao mercado internacional e segue bem próxima a esse nível mesmo com o
ajuste de hoje”, afirmou à Reuters o chefe da área de óleo e gás da consultoria
INTL FCStone, Thadeu Silva.
“O ajuste atual foi
menos da metade do necessário para termos paridade de importação”, acrescentou
ele, comentando que tem havido atrasos nos repasses da alta do petróleo para os
combustíveis da Petrobras.
O presidente da
Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo,
também ressaltou a defasagem nos preços ante ao mercado externo e frisou que
“as importações por agentes privados continuam inviabilizadas”.
A Petrobras defende
que seus preços seguem a chamada paridade de importação, impactada por fatores
como as cotações internacionais do petróleo e o câmbio.
O repasse dos
reajustes nas refinarias aos consumidores finais nos postos não é garantido, e
depende de uma série de questões, como margem da distribuição e revenda,
impostos e adição obrigatória de etanol anidro e biodiesel.
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