A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (6), em cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, a Operação "Postal Off" com o objetivo de desarticular um esquema de fraudes no envio de mercadorias pelos Correios. No total foram expedidos pela 7ª Vara Federal de Florianópolis 12 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão. Até as 9h30 não havia balanço das ações.
Participam da operação cerca de 110 policiais federais para o
cumprimento de nove mandados de prisão preventiva e 19 mandados de busca e apreensão na
cidade do Rio de Janeiro (RJ). Dois mandados de prisão
preventiva e cinco de busca e apreensão são cumpridos São Paulo nas cidades de
Tamboré, Cotia, Bauru e São Caetano. Além de um mandado de prisão temporária e
um mandado de busca em Belo Horizonte (MG).
Segundo a PF, a investigação começou em Santa Catarina, em novembro de
2018, após indícios da atuação criminosa de grupos localizados em São Paulo e no
Rio de Janeiro, que contavam com a participação de funcionários dos Correios
para distribuir cargas postais sem cobrança ou com faturamento inferior ao
devido.
Entre os suspeitos investigados no esquema, que resultou no prejuízo de
ao menos R$13 milhões à empresa, pela polícia estão funcionários dos Correios,
empresários e agentes políticos.
A pedido da PF, os investigados tiveram bens bloqueados pela Justiça.
Eles poderão responder, na medida de suas participações, pelos crimes de
corrupção passiva e ativa, estelionato, crimes tributários, lavagem de
dinheiro, concussão e formação de organização criminosa.
Esquema de fraude
Conforme as investigações da polícia, uma das principais modalidades de
fraude ocorria mediante identificação de grandes clientes da Empresa Brasileira
de Correios e Telégrafos (EBCT), os quais eram procurados pelos investigados
com a oferta de que rompessem os contratos com a referida empresa pública e
passassem a ter as encomendas postadas por meio de contratos mantidos entre as
empresas do grupo criminoso e a EBCT.
Bloqueios
Para assegurar o ressarcimento dos prejuízos causados aos Correios,
foram determinados bloqueios de contas bancárias e bens móveis e imóveis,
incluídos carros de luxo e duas embarcações, sendo uma delas um iate avaliado
em R$ 3 milhões. Com as medidas, a expectativa da PF é que seja efetivado o
bloqueio de R$ 40 milhões dos investigados.
A empresa
acompanha o andamento da operação e que estão colaborando com as autoridades.
"Informamos que a referida operação acontece em caráter sigiloso para não
comprometer a ação. Assim que houver autorização para divulgação das
informações, repassamos", informou por meio de nota.
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