Com um crescimento de 3,7%, o Produto Interno Bruto (PIB) de
Santa Catarina cresceu mais que economia brasileira (1,8%) e chegou a R$ 298,23
bilhões em 2018. O desempenho representa a maior alta do Sul e a quarta do
país, ficando atrás apenas do Amazonas (5,1%), de Roraima (4,8%) e do Mato
Grosso (4,3%). Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 13, pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisados pela equipe econômica
da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE).
O PIB per capita do estado foi estimado em R$ 42.149, sendo o quarto maior
do país, atrás do Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro. As indústrias
de transformação, comércio e recuperação de veículos automotores e motocicletas
e atividades imobiliárias estiveram entre os destaques no desempenho
catarinense.
“Santa Catarina é um estado diferenciado. Com uma economia pujante, se
destaca na diversidade de polos que impulsionam o desenvolvimento, seja na
agricultura, turismo, tecnologia, indústria e serviços. Atrai investidores que
fazem a roda da economia girar. O Governo, integrado com as entidades
representativas, tem o papel fundamental de promover ações sólidas e perenes
para a manutenção deste crescimento. Seguimos trabalhando com este propósito
para deixar um legado às futuras gerações”, avalia o secretário de Estado do
Desenvolvimento Econômico Sustentável, Rogério Siqueira.
O economista da SDE, Paulo Zoldan, salienta que os valores ficaram muito
próximos da estimativa feita pela SDE, que apontava uma taxa de crescimento de
3,6% e um valor de R$ 296,1 bilhões. Zoldan salienta ainda que a economia
catarinense segue ganhando participação nacional. “Ela passou de 4,2% em 2017
para 4,3% no ano de 2018, o que manteve Santa Catarina na sexta posição entre
os estados brasileiros. Apenas a região Sul e a Sudeste ganharam participação
no PIB nacional”, destaca.
Segmentos em destaque
Em relação ao comércio, Santa Catarina foi destaque nacional pelo segundo
ano consecutivo, em termos de expansão em volume, com os resultados do
crescimento no comércio varejista e nos segmentos de material de construção e
veículos.
Outro destaque é na indústria catarinense. O segmento mostrou variação em
volume de 3,3% em 2018 e teve participação de 26,7%, na economia do estado. A
Indústria de Transformação teve crescimento de 4,5%, e a atividade manteve-se
como aquela de maior participação em Santa Catarina, com 19,7%.
Quando se trata da agropecuária, o setor representou 5,5% do valor
adicionado bruto do Estado em 2018 e sua variação em volume foi de -4,3%. O
desempenho da agricultura é reflexo, em grande medida, às retrações verificadas
nas produções de fumo, soja e de alguns cereais, como arroz e milho. Pecuária,
pesca e aquicultura, por sua vez, tiveram variações em volume de -0,9% e -0,8%,
respectivamente.
Enquanto a agropecuária e a indústria de transformação perdem
participação, os serviços avançaram. O setor como um todo avançou de 66,9% na
estrutura do PIB em 2017 para 67,7% em 2018.
E nas atividades imobiliárias, a variação em volume foi de 4,5% em 2018,
influenciadas, sobretudo, pelo aluguel de imóveis próprios.
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