El Niño deve atingir seu pico nos próximos meses – Foto: Satélite NOA/Divulgação
O El Niño, fenômeno climático que traz mudanças significativas na distribuição da temperatura da superfície da água do Oceano Pacífico, promete ter seu pico máximo nos próximos meses. A previsão é da Associação Catarinense de Meteorologia.
De acordo com o relatório da Associação, a evolução do fenômeno para as próximas estações do ano, para o Sul do Brasil, terá o efeito mais significativo com o aumento das chuvas.
A expectativa dos
pesquisadores é de que o El Niño persista ao longo de 2023-2024, pelo menos até
o início do outono. Segundo as avaliações feitas, no trimestre outubro,
novembro e dezembro o El Niño vai atingir o pico, ou seja, neste período as
chuvas serão mais frequentes e mais intensas em Santa Catarina. O esperado é
que todo o Estado tenha chuvas acima da média.
O relatório da
Associação cita ainda que a primavera e o verão no Estado devem ser chuvosos.
Santa Catarina
sofre com El Niño
De acordo com a
Defesa Civil de Santa Catarina, a região Sul do Brasil tem sofrido com grandes
catástrofes em anos de atuação do Fenômeno El Niño. Os eventos mais intensos
deste fenômeno que impactaram os três Estados do Sul (Santa Catarina, Rio
Grande do Sul e Paraná) foram os ocorridos nos anos de 1982-1983, 1997-1998 e
2015-2016, causando danos humanos, materiais e ambientais.
Em Santa Catarina,
devido à sua posição geográfica e conformação topográfica com vales encaixados,
é comum que o excesso de chuva associado ao evento de El Niño resulte em
inundações abrangentes e escorregamentos generalizados que podem afetar sua
economia como um todo.
O que é o El Niño?
De acordo com o
Inmet (Instituto Nacional de Meteorología), o El Niño e a Lã Niña são partes de
um mesmo fenômeno acoplado (atmosférico-oceânico) que ocorre no oceano Pacífico
Equatorial (e na atmosfera adjacente), denominado de El Niño Oscilação Sul.
“El Niño representa o aquecimento anormal das águas superficiais e sub-superficiais do Oceano Pacífico Equatorial. A palavra El Niño é derivada do espanhol, e refere-se à presença de águas quentes que todos os anos aparecem na costa norte de Peru na época de Natal”, escreve o Inmet em seu site oficial.
Os pescadores do
Peru e Equador chamaram a esta presença de águas mais quentes de Corriente de
El Niño em referência ao Niño Jesus ou Menino Jesus. Na atualidade, as
anomalias do sistema climático que são mundialmente conhecidas como El Niño e
La Niña representa uma alteração do sistema oceano-atmosfera no Oceano Pacífico
tropical, e que tem conseqüências no tempo e no clima em todo o planeta.
Nesta definição,
considera-se não somente a presença das águas quentes da corrente El Niño mas
também as mudanças na atmosfera próxima à superfície do oceano, com o
enfraquecimento dos ventos alísios (que sopram de leste para oeste) na região
equatorial. Com esse aquecimento do oceano e com o enfraquecimento dos ventos,
começam a ser observadas mudanças da circulação da atmosfera nos níveis baixos
e altos, determinando mudanças nos padrões de transporte de umidade, e portanto
variações na distribuição das chuvas em regiões tropicais e de latitudes médias
e altas.
Em algumas regiões
do mundo também são observados aumento ou queda de temperatura.
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