POLÊMICA: Para presidente da CNBB, interrupção de gravidez em criança é “crime hediondo”

Representante da Igreja Católica recriminou a interrupção da gravidez na criança de 10 anos

Representante da Igreja Católica recriminou a interrupção da gravidez na criança de 10 anos

19/08/2020 - 09h04

O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, publicou uma mensagem ainda na segunda-feira (17), classificando a interrupção da gravidez da menina de dez anos, que foi estuprada no Espírito Santo como "crime hediondo". Na mensagem, ele considera o feto como uma criança de cinco meses, que teria sido "morta".

Nesta segunda, a menina de 10 anos, mediante autorização judicial, passou por um procedimento e interrompeu a gravidez em um hospital de referência em Pernambuco. Ela estava na unidade desde domingo (16), quando iniciou o processo.

Dom Walmor disse que foram dois crimes hediondos, a violência sexual e o aborto, mas para ele, a retirada do feto "não se justifica diante dos recursos existentes para garantir a vida de ambas, vítima e filho".

Durante a mensagem, o presidente ainda afirmou que orou, pedindo consolação para todos envolvidos no caso.

Veja a mensagem na íntegra:

“Em oração, peço a Deus consolação para todos os envolvidos nessa desafiadora e complexa situação existencial, que feriu de morte a infância, consternando todo o país. O precioso dom da vida precisa ser, incondicionalmente, respeitado e defendido. Ante a complexidade do ocorrido, devemos ser humildes, reconhecendo as limitações humanas, e sempre compassivos- sejamos sinais do amor de Deus.

Lamentável presenciar aqueles que representam a Lei e o Estado com a missão de defender a vida, decidirem pela morte de uma criança de apenas cinco meses, cuja mãe é uma menina de dez anos. Dois crimes hediondos. A violência sexual é terrível, mas a violência do aborto não se justifica, diante de todos os recursos existentes e colocados à disposição para garantir a vida das duas crianças. As omissões, o silêncio e as vozes que se levantam a favor de tamanha violência exigem uma profunda reflexão sobre a concepção de ser humano.”

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  • Jornal Regional
  • FONTE
  • G1



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