A Polícia Federal
(PF) deflagrou nesta segunda-feira (31) a mega operação Caixa Forte 2, para
investigar tráfico de drogas e lavagem de dinheiro praticados por facção
criminosa. Para a ação, foram mobilizados 1,1 mil policiais federais, que
cumprem 623 mandados judiciais em estados (Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará,
Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará,
Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Rio
Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo) e no Chile.
Ao todo, foram
expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte 422 mandados de prisão
preventiva e 201 mandados de busca e apreensão. Também foi ordenado o bloqueio
judicial de R$ 252 milhões.
Em nota, a PF
informou que, na primeira fase da operação, descobriu a existência do núcleo
“Setor do Progresso”, que tinha como função promover lavagem de dinheiro dos
valores gerados com a atividade de tráfico de drogas.
As investigações
também conduziram a polícia ao chamado “Setor da Ajuda”, criado para
recompensar membros de uma facção recolhidos em presídios e que mantinham
contas bancárias para onde parte do dinheiro oriundo das atividades era
destinada. Em alguns casos, as quantias eram depositadas em contas de pessoas
que não pertenciam ao grupo criminoso, para despistar as autoridades
policiais.
A PF apurou, ainda,
que 210 suspeitos desempenham as funções no alto escalão da facção criminosa,
como a execução de servidores públicos. Todos cumprem penas em presídios
federais. Os presos deverão responder por crimes de participação em organização
criminosa, associação com o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, cujas penas
podem chegar a 28 anos de prisão.
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