Foto: Ministério da Justiça e Segurança Pública / Canaltech
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (03), uma
operação policial com objetivo de desarticular um grupo que atua na
comercialização ilegal de vinhos argentinos e produtos eletrônicos,
principalmente smartphones, por meio de vendas pela internet.
Além do cumprimento de
mandados de busca e apreensão, também estão sendo bloqueados valores existentes
em contas bancárias e aplicações em operações de criptomoedas de três pessoas
integrantes desse esquema criminoso.
Foram três mandados de busca e
apreensão expedidos pela Justiça Federal em Chapecó, cumpridos na cidade de
Francisco Beltrão/PR. No curso da investigação, se apurou que uma pessoa do
grupo teria constituído uma empresa “fantasma” na cidade de Campo Erê, que foi
utilizada para emitir notas fiscais fraudulentas para conferir aparente
legalidade aos produtos eletrônicos e vinhos introduzidos clandestinamente em
território nacional, sem a comprovação da regular importação.
Ficou constatado que essa
empresa teria emitido 11.028 notas fiscais entre os anos de 2017 e 2019, num
valor total superior a R$ 24 milhões. Os eletrônicos descaminhados e os vinhos
oriundos da Argentina eram comercializados através de plataformas de comércio
eletrônico na internet, utilizando os Correios da região Oeste de Santa
Catarina para a entrega das mercadorias ilícitas vendidas.
As remessas eram, em sua
maioria, realizadas em nome de terceiros, com a intenção de não chamar a
atenção sobre os verdadeiros envolvidos. O líder dessa associação investigada
já foi condenado criminalmente na ação penal decorrente da Operação Formiga,
deflagrada pela Polícia Federal em fevereiro de 2016, na qual também se
investigou atividade de descaminho de produtos oriundos da Argentina.
Os envolvidos nesta operação
são investigados pelo crime de descaminho, praticado em associação criminosa e
com utilização de documentos ideologicamente falsos, os quais, somando-se as
penas máximas, totalizam 12 anos de prisão.
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