Porto de Beirute, onde houve megaexplosão há um mês, é atingido por um incêndio

10/09/2020 - 14h12

O ministro interino de Obras Públicas do Líbano, Michel Najjar, informou que o novo incêndio formado nesta quinta-feira (10) no porto de Beirute, cujas causas ainda não foram determinadas, já está sob controle, mas se mantém ativo há cinco horas.

"O incêndio do porto está sob controle e será feita uma investigação após a extinção", informou Najjar, em declarações reproduzidas pela Agência Nacional de Notícias libanesa.

Segundo informações preliminares, um trabalhador que realizava reparos com uma ferramenta elétrica "provocou uma faísca que originou o fogo".

O incêndio ocorreu em um armazém "longe do hangar 12", onde no dia 4 de agosto começou o fogo que causou a enorme explosão que deixou 191 mortos e mais de 6.500 feridos.

Origem do incêndio

De acordo com o Exército libanês, o novo incêndio se originou em um dos armazéns do mercado livre de impostos no porto de Beirute. O diretor-geral da Defesa Civil, Raymond Khattar, disse à Agência Efe que o fogo "se originou perto do local da explosão, em hangares que já estavam afetados pela explosão" de agosto, em um lugar com pneus.

Os bombeiros e integrantes da Defesa Civil tentam extinguir o fogo há cinco horas, e a Cruz Vermelha já atendeu um ferido no local, segundo informou o porta-voz da organização, Rodney Eid.

Uma fonte militar que pediu anonimato afirmou à Efe que nesta quinta-feira foram formados "dois fogos, separados um do outro" e que, segundo os primeiros indícios, "não ocorreram por causas naturais".

Este é o segundo incêndio registrado no porto em dois dias. Na terça-feira, os bombeiros apagaram um fogo originado entre os escombros misturados com lixo, madeira e pneus, com base em um comunicado do Exército.

Investigação 'imediata'

O procurador-geral do Líbano, Ghassan Oueidat, ordenou também uma investigação "imediata" para averiguar as causas do incêndio.

"Em conformidade com nosso contato telefônico com a Polícia Militar e a Inteligência do Exército, decidimos designar todas as agências de segurança na tarefa de realizar as investigações necessárias para conhecer as causas do incêndio repetindo", disse Oueidat, em comunicado emitido pelo Ministério da Justiça.

Desde já, o procurador-geral garantiu que os resultados das averiguações devem ser anunciados o mais rapidamente possível, "devido a gravidade da situação".

A ministra da Justiça interina do Líbano, Marie-Claude Najm, também se manifestou em comunicado e pediu que Oueidat acompanhasse de perto o caso e tome as medidas necessárias com relação aos responsáveis sobre o fato.

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