O Banco Central
informou nesta sexta-feira (5) que os depósitos na caderneta de poupança
superaram os saques em R$ 8,725 bilhões no mês de setembro.
Essa é a maior entrada líquida de recursos da modalidade de
investimentos neste ano e, também, para meses de setembro desde o início da
série histórica, em 1995.
No acumulado dos nove primeiros meses deste ano, ainda de acordo com
dados do BC, os saques superaram os depósitos em poupança, resultando em uma
retirada líquida de R$ 6,063 bilhões. Essa foi a maior saída para o período
desde 2016, quando o saldo negativo foi de R$ 50,539 bilhões.
Em todo ano de 2018, segundo números oficiais da instituição, os
depósitos superaram os saques em R$ 38,2 bilhões na modalidade de
investimentos.
Volume total de recursos
Conforme o BC, o estoque dos valores depositados, ou seja, o volume
total aplicado na poupança, registrou aumento em setembro.
Em agosto de 2019, o saldo da poupança estava em R$ 806,387 bilhões. Em
setembro, subiu para R$ 817,970 bilhões.
Além dos depósitos e dos saques, os rendimentos creditados nas contas
dos poupadores também são contabilizados no estoque da poupança. Em setembro
deste ano, os rendimentos somaram R$ 2,857 bilhões.
Atratividade da poupança
Com a queda dos juros básicos da
economia para 5,5% ao ano, a caderneta de poupança passou a
render menos, assim como outros investimentos em renda fixa.
Pela norma em vigor, há corte no rendimento da poupança sempre que a
taxa Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano. Nessa situação, a correção anual das
cadernetas fica limitada a 70% da Selic, mais a Taxa Referencial, calculada
pelo BC.
Com a taxa Selic atualmente em 5,5% ao ano, a remuneração da poupança
está hoje em 3,85% ao ano, mais Taxa Referencial.
Segundo cálculos da Associação Nacional de Executivos de Finanças,
Administração e Contabilidade (Anefac), a poupança "vai continuar sendo
uma excelente opção de investimento, principalmente sobre os fundos cujas taxas
de administração sejam superiores a 1% ao ano".
Analistas avaliam que o Tesouro Direto, programa que permite a pessoas físicas comprar títulos públicos pela internet, via banco ou corretora, sem necessidade de aplicar em um fundo de investimentos, também pode ser uma boa opção para os investidores. O programa tem atraído o interesse de aplicadores nos últimos anos.
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