Foto: Tiago Coutinho/MPRS/Divulgação
Depois de
protocolar recurso junto ao STF (Superior Tribunal Federal), o Ministério
Público do Rio Grande do Sul conseguiu derrubar o habeas corpus preventivo que
estava em vigor para os quatro condenados pelo incêndio da boate Kiss. O pedido
do MPRS foi feito no fim da noite de segunda-feira (13), e o resultado veio
nesta terça (14).
Segundo a decisão
do ministro Luís Fux, os envolvidos já podem iniciar o cumprimento das penas,
que variam de 18 a 22 anos de prisão. O incêndio matou 242 pessoas em 2013, na
cidade de Santa Maria, no interior gaúcho.
Com a decisão do
magistrado, podem ser presos o dono da boate, Elissandro Spohr, que pegou 22
anos e meio de prisão; o sócio dele, Mauro Hoffman, condenado a 19 anos de
cadeia; o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos
Santos, com 18 anos de reclusão; e o assistente de palco, Luciano Bonilha Leão,
também sentenciado a 18 anos.
Agora, a polêmica
gira em torno da conduta do MP. Acusados pelas defesas dos réus de pular
instâncias, a situação ainda seria analisada pelo Tribunal de Justiça do RS,
sob entendimento da 1ª Câmara Criminal, na qual trabalha o desembargador que
impediu a prisão dos réus no momento da sentença, na última sexta-feira (10).
Na contramão, o
Ministério Público informou que a nova Lei Anticrime permite a prisão de
condenados a penas acima de 15 anos. O texto sobre o tema ainda é debatido no
STF.
Repercussão
Através das redes
sociais, ainda na noite de segunda, a defesa de Elissandro Spohr lançou a
hashtag ‘dolo eventual não’, como forma de convocar o público que acompanhou o
caso para se manifestar contra a decisão e a prisão do réus.
Após a decisão do
STF na tarde desta terça, um dos réus, Luciano Augusto Bonilha Leão, assistente
de palco na noite do incêndio, publicou um vídeo afirmando que iria se entregar
a polícia, mesmo se considerando inocente.
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