A primeira vacina
contra a Covid-19 totalmente desenvolvida no Brasil pode vir dos laboratórios
da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A instituição firmou parceria
com o governo de Minas Gerais e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações
(MCTI) para as pesquisas, que devem ser concluídas em 2022.
Atualmente, o
Brasil conta com imunizantes que são produzidos com tecnologia de outros países.
O estudo do Centro de Tecnologia em Vacinas (CT-Vacinas) da UFMG quer construir
o processo do início ao fim, e já realizou testes em modelos animais, seguindo
os parâmetros exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa).
As fases 1 e 2 dos
testes receberam investimentos de R$ 5 milhões, mas ainda são necessários
aportes entre R$ 15 milhões e R$ 30 milhões para as próximas etapas. A fase
clínica, que envolve os testes em humanos, necessita de recursos em torno de R$
100 milhões. De acordo com a professora Ana Paula Fernandes, uma das
coordenadoras do CT-Vacinas, esse investimento ainda é menor do que aquele que
está sendo feito para a transferência das tecnologias.
Os pesquisadores
acreditam que ao longo dos próximos meses serão concluídos os estudos clínicos
da fase 1 e 2, que permitem avaliar a imunogenicidade e a segurança em humanos.
No segundo semestre de 2021, deve ter início a fase 3, em humanos. A nova
vacina pode estar disponível em 2022.
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