Após a perícia
comprovar que as quatro pessoas que supostamente haviam sido vítimas de um
incêndio acidental na verdade foram mortas a facadas, o Ministério Público, por
meio do Promotor de Justiça Michel Eduardo Stechinski, manifestou-se favorável
à prisão temporária requerida pela Polícia Civil e a Justiça decretou a prisão
do suspeito dos quatro homicídios qualificados que teriam ocorrido em São
Domingos no dia 8 de maio. A Polícia, agora, tem o prazo de 30 dias,
prorrogável por igual período, para concluir o inquérito sobre os possíveis homicídios
e obter mais provas da autoria dos crimes.
Além da prisão temporária, a Justiça determinou, também com o parecer favorável do Ministério Público, outras diligências necessárias para elucidar os fatos.
Conforme apurado, embora os corpos das vítimas tenham sido encontrados carbonizados, os laudos médicos periciais apontam como causa da morte de todas elas um quadro de "hemorragia aguda", que teria sido causado por golpe de arma branca.
Entenda o caso
Na manhã de sábado (8/5), um incêndio destruiu a casa onde estavam Raquel Alves, de 31 anos, Neocir Rodigheri, de 34 anos, e os filhos do casal Maria e João Rodigheri, de 10 e 11 anos, respectivamente.
Inicialmente, o caso foi considerado como o de mortes acidentais devido ao fogo, mas os exames periciais nos corpos constataram possíveis ferimentos provocados por objetos cortantes no pescoço de Neocir e no pescoço e tórax de Raquel. Além disso, a autópsia constatou que a causa da morte dos dois adultos foi a hemorragia causada por esses ferimentos e não o fogo ou fumaça do incêndio.
As investigações, agora, devem apontar a motivação dos crimes e a forma como foram cometidos.
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