Foto: Ricardo Wolffenbüttel/Secom
Os meses de
outubro, novembro e dezembro deverão ser de chuva abaixo da média em Santa
Catarina, com precipitação mal distribuída e períodos de dias consecutivos
com tempo mais seco, sobretudo em novembro e dezembro. O cenário é reflexo da
atuação do fenômeno La Niña. Quanto à temperatura, ela deve ficar acima da
média no próximo trimestre.
Em outubro e início
de novembro, massas de ar frio ainda podem causar queda na temperatura à
noite e episódios isolados de geada fraca ao amanhecer nas áreas mais altas do
Planalto Sul. Mais uma vez aparece a influência do fenômeno La Niña, que
favorece dias com grande amplitude térmica, ou seja, tardes ensolaradas e
quentes, seguidas de noites mais frias para a época do ano. Em novembro e
dezembro, as massas de ar quente serão mais atuantes e com maior duração. As
madrugadas e início da manhã com temperatura baixa tornam-se eventuais.
O setor de
meteorologia da Epagri/Ciram alerta que entre outubro e dezembro os temporais
ocorrem com mais intensidade e frequência, trazendo granizo e
ventania para o Estado. A chuva pode ocorrer com totais mais significativos em
curto intervalo de tempo. Por isso, a recomendação é o acompanhamento
sistemático da previsão do tempo e dos avisos meteorológicos no site e
redes sociais da Epagri/Ciram. Nevoeiros associados à nebulosidade baixa, com
redução de visibilidade, também são característicos da primavera.
Histórico
Historicamente,
outubro é um mês chuvoso no estado, com totais mensais mais elevados no Oeste e
Meio Oeste. Os acumulados de chuva variam de 210 a 280 milímetros no
Oeste e Meio-oeste, e de 140 a 180 milímetros do Planalto ao Litoral. Em novembro,
o volume de chuva diminui em Santa Catarina, com valores de 130
a 180 milímetros em média. Em dezembro, com o início das chuvas de
verão, os acumulados passam a variar de 150 a 190 milímetros na
Grande Florianópolis e do Oeste ao Litoral Norte. Nas demais regiões, os
volumes variam entre 130 a 150 milímetros no último mês do ano.
Episódios de
precipitação estão especialmente associados à passagem de frentes frias,
influência de sistemas de baixa pressão e dos Sistemas Convectivos de
Mesoescala (SCM), que provocam chuvas mais intensas no Oeste e Meio Oeste. Na
segunda quinzena de novembro começa o processo convectivo, caracterizando as
pancadas de chuva de verão, que se tornam mais frequentes em dezembro, janeiro
e fevereiro.
Em outubro os
ciclones extratropicais no litoral Sul do Brasil ainda trazem perigo para a
navegação e a pesca, devido aos ventos fortes e ao mar agitado, muitas vezes
resultando em ressaca. Em novembro e dezembro, diminui a condição
favorável aos ciclones extratropicais no litoral Sul do Brasil.
O fenômeno La Niña
deve se fortalecer até o final do ano. O verão inicia às 12h59min do dia 21 de
dezembro.
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