
A proposta de reforma tributária está “absolutamente pronta”
e deve enviada nos próximos dias ao Congresso, disse nesta sexta (3) o ministro
da Economia, Paulo Guedes. Ele participou de uma transmissão ao vivo com
empresários e também disse esperar que os parlamentares aprovem, nos próximos
90 dias, projetos para atrair investimentos privados ao país.
“[O modelo de reforma tributária] já está pronto. Está absolutamente
pronto para ser disparado. Primeiro de janeiro deste ano já estava tudo
combinado”, disse Guedes.
No início do ano, o Congresso criou uma comissão mista especial para
fundir as duas propostas de reforma tributária da Câmara e do Senado sobre o
tema, mas a pandemia do novo coronavírus adiou os trabalhos. O Ministério da
Economia apresentaria uma emenda, por meio de um deputado da base aliada, para
incluir as sugestões do governo ao texto.
O ministro também prometeu dar prioridade a projetos para estimular
investimentos privados, como a proposta que reformula o mercado de gás e a nova
regulamentação da navegação de cabotagem. Segundo ele, a aprovação do novo
marco legal do saneamento mostra que o Congresso pode aprovar projetos de
interesse do governo durante a pandemia e as propostas podem ser votadas em até
três meses.
“Tudo isso [projetos para atrair investimentos] pode ser aprovado em 60 a
90 dias. E isso significa destravar os investimentos. Daqui a dois, três meses,
se já mudamos o marco regulatório agora, os investimentos já estão sendo
disparados”, declarou o ministro.
Após o fim da pandemia, Guedes informou que o governo pretende dar
prioridade a projetos para gerar renda e emprego. Ele mencionou a recriação da
carteira verde-amarela, novo regime de trabalho com menos direitos trabalhistas
para empregados jovens válido por dois anos, e a unificação dos programas
sociais por meio do Renda Brasil.
Segundo Guedes, o novo programa social deverá medidas como Imposto de
Renda negativo e microcrédito para cerca de 38 milhões de trabalhadores
informais que não tinham acesso a nenhum benefício social.
“Ele [o trabalhador informal e autônomo] basicamente era um invisível. Nós
agora vamos dignificar esse trabalho. Uma pessoa que pode ganhar R$ 500, R$
600, R$ 700 trabalhando, em vez de recorrer a R$ 200 do Bolsa Família. Deixa
ele continuar livre, mas agora com apoio de microcrédito, com imposto de renda
negativo, com programas de aperfeiçoamento. Temos que dar a mão e dignificar o
trabalho deles, em vez de ignorá-los”, acrescentou o ministro.
Em relação à reforma do pacto federativo, que previa a reformulação do
Estado brasileiro e a descentralização de recursos para estados e municípios,
Guedes disse que a proposta se tornou menos prioritária com a pandemia de
covid-19. No fim de junho, o governo tinha anunciado que havia desistido da
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial e que reformularia a PEC do
Pacto Federativo.
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