Em março deste ano
os resgates do Tesouro Direto superaram as vendas em R$ 708,5 milhões. Segundo
os dados divulgados pelo Tesouro Nacional, as vendas do programa atingiram R$
3,392 bilhões no mês passado. Já os resgates totalizaram R$ 4,100 bilhões, sendo
R$ 1,923 bilhão relativo a recompras de títulos públicos e R$ 2,176 bilhões a
vencimentos, quando o prazo do título acaba e o governo precisa reembolsar o
investidor com juros.
Os títulos mais
procurados pelos investidores foram os vinculados à inflação (Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA), cuja participação nas vendas atingiu
40,7%. Os títulos corrigidos pela taxa Selic (taxa básica de juros)
corresponderam a 35,3% do total, enquanto os prefixados, com juros definidos no
momento da emissão, foram 24%.
Em relação ao
número de investidores, 390.394 novos participantes se cadastraram no programa
no mês passado. O número total de investidores atingiu 10.285.781. Nos últimos
12 meses, o número de investidores acumula alta de 57,9%. A maior parte são
pequenos investidores, cerca de 87,8% do total de operações são de vendas de
até R$ 5 mil.
A venda de títulos
é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e
honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o
valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de
inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis
prefixados.
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