Réu é condenado por homicídio de mulher no Oeste catarinense mesmo sem localização do corpo da vítima

12/06/2019 - 17h19

Em julgamento na segunda-feira (10), o Tribunal do Júri condenou José Airton Cândido a 16 anos e quatro meses de prisão pela morte de Ivanir de Araújo, de 42 anos. Ele foi sentenciado pelo crime de homicídio, mesmo que o corpo da vítima nunca tenha sido encontrado. O crime foi em Campos Novos, no Oeste catarinense, em 2017. O réu já estava preso preventivamente desde as investigações.

Os jurados consideraram mentiras em depoimento, rastreamento de celular, quebra de sigilo telefônico e sangue em veículo. Decisão cabe recurso. O acusado foi condenado por homicídio duplamente qualificado: motivo torpe e mediante dissimulação.

O caso

Conforme acusação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), em 5 julho de 2017, Ivanir Araújo avisou às filhas que ia se atrasar para sair com elas depois do almoço porque se encontraria com José Airton para receber um valor relacionado à venda de um terreno. Foi a última vez que as filhas tiveram notícias da mãe.

Em primeiro depoimento durante investigação do caso, Cândido reconheceu que tinha uma dívida pela compra de um terreno em Erval Velho, onde morava, mas disse que no dia do desaparecimento não esteve em Campos Novos. Falou também que não tinha telefone celular.

Porém, a polícia descobriu que entre os números de telefone que tiveram contato com o celular da vítima no dia do sumiço, um era de José Airton. A análise do celular dele revelou que o réu tinha ido a Campos Novos às 13h na data que Ivanir desapareceu e que esteve perto da casa dele, voltando somente por volta das 18h.

Conforme cruzamento do deslocamento do telefone da vítima, ficou comprovado que os dois foram para o Município de Vargem, informou o MPSC. A perícia no carro do réu utilizando reagente encontrou sangue em um dos bancos e no porta-malas do automóvel. O corpo não foi encontrado.


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  • Jornal Regional



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