O Governo do Estado deu andamento aos encontros virtuais com
gestores municipais e Federação Catarinense dos Municípios (Fecam) nesta
quarta-feira, 29, para apresentar as principais ações de enfrentamento ao
coronavírus em Santa Catarina.
As videoconferências desta quarta foram dividas em três etapas. A primeira
delas reuniu representantes do Meio-Oeste e Serra (Amplasc, Amures, Amauc,
Amurc, Ammoc e Amarp). A segunda foi voltada ao Vale do Itajaí (Ammvi e amavi);
e a terceira trouxe informações do Grande Oeste (Ameosc, Amerios, Amosc,
Amnoroeste e Amai).
“A ideia é trocarmos informações localizadas sobre as medidas já tomadas
pelo Governo e a estrutura total prevista para o enfrentamento ao coronavírus
nos municípios, além de ouvirmos as principais demandas da região”, informou o
chefe da Casa Civil, Douglas Borba.
Borba ainda falou sobre os desafios do Governo na tomada de decisão,
reforçando que as equipes atuam diariamente de acordo com o cenário atual da
pandemia em Santa Catarina. “As decisões tomadas até aqui foram baseadas na
ciência e nas recomendações das autoridades de Saúde”, salientou.
O secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino, apresentou os números de leitos por região e o plano estratégico estadual para chegar aos 1.523 leitos previstos no Estado. Desde o início da pandemia em Santa Catarina, 303 foram abertos. No total, serão 713 novos leitos em 48 hospitais.
“As estruturas de Saúde para atendimento a pacientes com Covid-19 dependem de uma série de fatores, como número de casos positivos e capacidade de atendimento, e dos parâmetros elaboradoras em parceria com o conselho de secretários de saúde”, afirmou Zeferino.
Os secretários ainda reforçaram que entendem a expectativa dos prefeitos em saber com antecedência as decisões do Governo, porém isso nem sempre é possível. “As medidas são construídas de acordo com dados epidemiológicos, taxa de ocupação de leitos e de mortes, por exemplo. São situações complexas que exigem monitoramento constante, de forma que as decisões precisam acompanhar esse ritmo. Sem falar que precisamos ter um olhar para cada município e região”, explicou Zeferino.
O diretor executivo da Fecam, Rui Braum, falou sobre a importância da união
de todos no processo regional de estruturação da Saúde e que as reuniões
virtuais ajudam no alinhamento das ações.
Informações regionalizadas
Os secretários apresentaram a ferramenta de dados do Governo do Estado que
detalha a situação da pandemia em cada local e aponta, entre outras funções, a
previsão de ampliação de leitos por cidade. Segundo Zeferino, o cidadão pode
saber quantos leitos tem disponíveis em sua cidade ou região. “Em breve, também
será possível acompanhar a taxa de leitos de UTI e de enfermaria com pacientes
com Covid”, explicou.
O prefeito de São José do Cedro e presidente da Associação dos Municípios
do Extremo-Oeste (Ameosc), Plínio de Castro, parabenizou a iniciativa do
Governo em viabilizar a plataforma. “Essa ferramenta traz muitas informações
que precisamos ter em nossos municípios e tira dúvidas para que possamos
transmitir os dados corretos à população. Também é uma forma de mostrar como
estamos nos preparando para a doença”.
O coordenador da Central de Atendimento aos Municípios (CAM), Gabriel
Arthur Loeff, também acompanhou a rodada de reuniões. Na terça-feira, os encontros ocorreram com as macrorregiões catarinenses
Sul, Grande Florianópolis, Foz do Rio Itajaí, Planalto Norte e Nordeste.
Região do Meio-Oeste e Planalto Serrano
A macrorregião do Meio Oeste e do Planalto Serrano é formada por 71
municípios, com aproximadamente 900 mil habitantes. Para tratamento de
coronavírus estão vocacionados oito hospitais com 161 leitos de UTI. Eles
possuem 43 novos leitos de UTI ativos. A macrorregião possui 183 casos
confirmados e 1 óbito até o momento.
O Governo do Estado planeja chegar a 193 leitos de UTI na região, sendo 75
novos leitos habilitados.
Região do Vale do Itajaí
Com uma população de quase 1 milhão de habitantes, a macrorregião do Vale
do Itajaí tem 42 municípios que compõe a Ammvi e a Amavi. Toda a região possui
171 leitos de UTI e sete hospitais vocacionados, sendo que 60 são novos leitos
ativos. Até esta terça-feira a região tinha 285 casos confirmados de
coronavírus e 3 óbitos.
O Governo do Estado planeja chegar a 210 leitos de UTI na região, sendo 89
novos leitos habilitados.
Região Grande Oeste
A população desta macrorregião tem mais de 500 mil habitantes em 78
municípios que fazem parte da Ameosc (19), Amerios (17), Amosc (20), Amnoroeste
(8) e Amai (14). São quatro hospitais vocacionados com 91 leitos de UTI
ativos. Desses, 23 são novos leitos de UTI para pacientes com Covid-19. A
macrorregião possui 67 casos confirmados e nenhum óbito, conforme o boletim
epidemiológico de terça-feira.
O Governo do Estado planeja chegar a 133 leitos de UTI na região, sendo 65
novos leitos habilitados.
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