Pela primeira vez
na história, Santa Catarina alcança o faturamento de US$ 1 bilhão com os
embarques de carne suína. De janeiro a novembro de 2020, o estado exportou mais
de 479,4 mil toneladas do produto, superando em 26,6% o desempenho do ano
anterior. Os números são divulgados pelo Ministério da Economia e analisados
pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).
“Mesmo em um
período de pandemia, conseguimos alcançar recordes na exportação. Esse
desempenho é resultado das ações do Governo do Estado e do trabalho de
excelência dos produtores e da agroindústria catarinense. Nosso propósito é dar
oportunidades para todos os segmentos e em todas as regiões de Santa Catarina,
para alavancar ainda mais o desenvolvimento do nosso estado”, ressalta o
governador Carlos Moisés.
Maior produtor
nacional de suínos, Santa Catarina responde por 51% do faturamento e do volume
exportado pelo Brasil em 2020. " Neste ano, mês a mês, viemos batendo
recordes nas exportações, chegando a acumular US$ 1 bilhão de faturamento. Isso
é algo extremamente significativo e fruto de um trabalho muito grande feito em
parceria com o setor produtivo, iniciativa privada, produtores e setor
público", destaca o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do
Desenvolvimento Rural, Ricardo de Gouvêa.
O bom momento da
suinocultura catarinense se deve, principalmente, a dois fatores: estado ser
reconhecido pelo cuidado extremo com a saúde animal e a demanda crescente da
China por proteína animal. Há dois anos, os chineses lutam contra a peste suína
africana que dizimou boa parte do seu plantel, por isso a busca por carne suína
de outros fornecedores.
A China responde
por mais de 60% das exportações catarinenses de carne suína em 2020. A venda do
produto para os chineses trouxe um faturamento de US$ 670,4 milhões, 83,8% a
mais do que no mesmo período do ano anterior. "Embora a China esteja
recuperando rapidamente seus plantéis suínos, avalia-se que ainda deve demorar
alguns anos para que o país retorne aos níveis de produção anteriores à crise
sanitária", explica o analista da Epagri/Cepa, Alexandre Giehl.
Outros mercados
importantes também ampliaram as compras da carne suína produzida em Santa
Catarina, como Japão e Estados Unidos - considerados os países mais exigentes
do mundo.
Desempenho no mês de novembro
Em novembro, Santa
Catarina embarcou 43,8 mil toneladas de carne suína, uma alta de 20,9% em
relação ao ano anterior. O resultado financeiro também foi positivo, chegando a
US$ 104,8 milhões.
Segundo o analista Alexandre Giehl, praticamente todos os principais destinos ampliaram suas compras, com destaque para China, Chile e Japão.
Diferenciais da produção catarinense
O estado é o único
do país reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área
livre de febre aftosa sem vacinação, o que demonstra um cuidado extremo com a
sanidade animal e é algo extremamente valorizado pelos importadores de carne.
Além disso, Santa Catarina, junto com o Rio Grande do Sul, é zona livre de
peste suína clássica.
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