Santa Catarina confirma 33 casos de H3N2 e alerta cidades sobre avanço da Influenza

Foto: Daniel Queiroz/Arquivo/ND

Foto: Daniel Queiroz/Arquivo/ND

23/12/2021 - 12h03

SES (Secretaria de Saúde de Santa Catarina) enviou um alerta aos municípios catarinenses, recebido pelos serviços de saúde das cidades, informando sobre o aumento da presença do vírus da Influenza no Estado.

A SES afirma que o aumento de ocorrências no Estado obriga a adoção de medidas para evitar a proliferação, uma vez que, em Santa Catarina, já foram confirmados 56 situações de gripe, sendo 53 entre o fim do mês de novembro e dezembro. Desta quantia, 33 registraram o subtipo H3.

Para o diretor da Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica), João Augusto Brancher Fuck, o objetivo da vigilância sobre a Influenza é encontrar mudanças no perfil epidemiológico dela, para que melhores informações sejam repassadas aos municípios.

“A terapia precoce reduz tanto a duração dos sintomas quanto a ocorrência de complicações que podem levar à morte”, ressalta o diretor.

O vírus causa Síndrome Gripal e Síndrome Respiratória Aguda Grave, especialmente no grupo de risco, como crianças, idosos e portadores de comorbidades.

Afinal, o que é a Influenza?

Conhecida simplesmente por ‘gripe’,  a infecção viral aguda atinge o sistema respiratório e é extremamente transmissível. Há três tipos de vírus influenza, sendo A, B e C.

Os tipos A e B são responsáveis por epidemias sazonais (de época), sendo o vírus influenza A responsável por grandes pandemias. Entre entes, estão o H1N1 e H3N2. O C representa infecções leves.

Entre os sintomas mais comuns, estão febre, tosse seca, dor de garganta, dor muscular, dor de cabeça e fadiga. A duração dos efeitos perdura por sete dias, embora a tosse, o mal-estar e a fadiga possam permanecer por algumas semanas. Em indivíduos com condições de risco, pode evoluir para um quadro mais grave, necessitando hospitalização.

A transmissão do vírus influenza, que provoca a gripe, é mais comum nas estações frias como o outono e o inverno, mas o vírus circula durante todo o ano. Por isso, a transmissão no verão, mesmo que atípica, pode ocorrer.

De olho na prevenção

A Dive/SC preparou uma série de recomendações para evitar a proliferação do vírus. Confira abaixo:

-Lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel;

-Utilizar lenço descartável para higiene nasal;

-Cobrir o nariz e boca com o antebraço ao espirrar ou tossir;

-Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;

-Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;

-Manter o uso da máscara, especialmente nos locais pouco ventilados ou em que não é possível manter o distanciamento social;

-Manter os ambientes bem ventilados;

-Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;

-Evitar sair de casa em período de transmissão da doença;

-Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);

-Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.

Vacinação

A campanha de vacinação contra a Influenza, em Santa Catarina, já ocorreu entre os dias 14 de abril e 9 de julho. A partir do dia 10 de julho, os municípios que ainda tinham doses disponíveis puderam vacinar a população em geral. O Estado distribuiu cerca de 2.757.310 doses da vacina. A cobertura vacinal alcançada foi de 67,4%.

A vacina contra a Gripe utilizada na campanha de 2021 era trivalente. Para o próximo ano, já existe a recomendação para que a vacina aplicada seja quadrivalente e contemple a proteção contra o vírus do tipo H3N2.

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  • Jornal Regional



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