Secretário Altair Silva fala na Alesc - Foto: Divulgação/SAR
Com um agronegócio
baseado em pequenas propriedades rurais, Santa Catarina lança a Década da
Agricultura Familiar (2019-2028) focada na valorização do setor produtivo. A
ação faz parte do plano de ação global contra a fome e a pobreza liderado pela
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Com
atraso por causa da pandemia, o lançamento aconteceu nesta segunda-feira, 2, na
Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc) e marca a união do
Governo do Estado, parlamentares, iniciativa privada e produtores rurais para
incentivar a agricultura familiar.
“Em Santa Catarina,
a agricultura familiar é sinônimo de riqueza, geração de emprego e renda. Esta
é a base do nosso agronegócio e a mola propulsora de nossa economia. O catarinense
tem um dom de trabalhar com a terra e, aliado à inovação e à tecnologia, nós
damos saltos de produtividade e de qualidade da produção. E isso precisa ser
valorizado por todos”, destacou o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca
e do Desenvolvimento Rural, Altair Silva.
Até 2028, a FAO
focará suas ações em sete pilares para melhorar a inclusão socioeconômica, a
resiliência e o bem-estar em lares e comunidades da agricultura familiar. Além
de incentivar a sustentabilidade, a multifuncionalidade e a capacidade dos
agricultores familiares de mitigarem as mudanças climáticas.
“Este debate das
Nações Unidas da Década da Agricultura Familiar é estratégico, é um debate de
grande importância para o desenvolvimento rural. Pois, quando estabelecemos políticas
públicas com base no debate e troca de ideias, realizamos iniciativas adequadas
que resultam no fortalecimento da Agricultura Familiar",afirmou o deputado
estadual e presidente da Comissão da Agricultura e Política Rural, José Milton
Scheffer.
Durante o evento, o
secretário Altair Silva destacou as inúmeras ações do Governo do Estado para
fortalecer o setor produtivo catarinense. Só este ano, a Secretaria da
Agricultura deve aplicar mais de R$ 340 milhões em programas e projetos para
minimizar os efeitos da estiagem e apoio a investimentos no meio rural.
“Estamos trabalhando muito e estamos no caminho certo, investindo em programas
novos, que irão levar internet para o meio rural, melhorar a qualidade da
energia elétrica e a infraestrutura para o escoamento da produção”.
Segundo o
presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa
Catarina (Fetaesc), José Walter Dresch, os próximos anos serão marcados por
ações de conscientização e valorização do potencial da agricultura catarinense.
O evento contou ainda com a presença dos presidentes da Epagri, Edilene Steinwandter; da Cidasc, Plinio de Castro; e da Ceasa, Gilmar Germano Jacobowski.
Agricultura familiar em Santa Catarina
Todo o agronegócio catarinense está baseado nas pequenas propriedades rurais - 78% dos estabelecimentos agropecuários e 72,5% das pessoas ocupadas na agricultura são da agricultura familiar.
Mesmo com um
pequeno território, Santa Catarina é o maior produtor nacional de suínos, maçã
e cebola; segundo maior produtor de tabaco, palmito, aves, pera, pêssego, alho
e arroz; quarto maior produtor de uva, cevada e leite. Em 2020, o Valor Bruto
da Produção Agropecuária (VBP) chegou a R$ 40,9 bilhões, considerado o maior da
história, e o agronegócio foi responsável por 70% das exportações estaduais.
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