Continua na pauta
do ministro da Economia Paulo Guedes o item que faz parte da Proposta de Emenda
Constitucional, conhecida como PEC, do Pacto Federativo. Esse
item específico abrange o fim de municípios com
menos de cinco mil habitantes e dependentes de 10% de recursos da União para
suprir suas despesas.
Em recente
pesquisa, foi constatado que pelo menos 12.017 cidades vivem nessa condição. O
detalhe absurdo é que cada cidade conta com prefeito, vice, vereadores,
secretários municipais, ou seja, tem uma estrutura que produz apenas prejuízo.
Seriam 1.217
prefeitos e mais 1.217 vice prefeitos. Ao todo, 12.170 secretários, 10.953
vereadores, além de funcionários. Para piorar a situação, essas cidades contam
com 2% da população brasileira, mas, em compensação, consomem 37% do Fundo de
Participação dos Municípios, que, em 2019, distribuiu às cidades do país, R$ 93
bilhões.
Os estados com mais
de 100 municípios dependentes são Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná, São
Paulo e Santa Catarina, somando 104. Vingando essa proposta, 104 municípios
catarinenses desapareceriam, sendo absorvidos por cidades mais próximas e de
capacidade econômica para responder por suas necessidades básicas.
A medida, se
confirmada, atingiria sete municípios do Extremo Oeste de Santa Catarina, sendo
eles Princesa, Barra Bonita, Paraíso, Bandeirante, Belmonte, Santa Helena e
Riqueza. Três deles - Barra Bonita, Paraíso e Bandeirante- retornariam para o
domínio de São Miguel do Oeste.
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