Santa Catarina passa a contar com um aparelho extrator de
ácidos ribonucleicos (RNA). O equipamento é usado em testes de biologia
molecular para detecção de vírus presentes em amostras biológicas e em rios,
lagoas e outros locais. O aparelho também será utilizado na avaliação de
amostras suspeitas de infecção por dengue, zika, febre amarela, chikungunya e,
principalmente, para avaliar os vírus de transmissão respiratória, como o
influenza.
A vice-governadora Daniela Reinehr, o secretário adjunto de Estado da
Saúde, André Motta Ribeiro, e a superintendente de Vigilância em Saúde (SUV),
Raquel Bittencourt, estiveram nesta segunda-feira, 10, no Laboratório Central
de Saúde Pública (Lacen-SC) para conhecer o equipamento. A vice-governadora,
que negociou a vinda do aparelho junto ao Ministério da Saúde, reforça que a
principal vantagem do Janus flex nat é sua capacidade de identificar os RNA dos
vírus de forma automatizada. “Mais do que agilidade, ele é capaz de fazer com
que as vacinas que serão desenvolvidas possam ser produzidas baseadas em vírus
que circulam em nosso estado, diferente do que ocorre hoje, quando as vacinas
são produzidas para combater vírus que circulam, por exemplo, na Austrália”,
afirma.
André Motta lembra que o novo equipamento do Lacen “vai trazer mais
segurança e agilidade para a população de Santa Catarina". Ate então as
análises eram realizadas manualmente e, com o Janus, serão feitas
automaticamente, o que garante maior precisão e rapidez. Os testes passam de
três horas para cerca de uma hora e meia.
O aparelho foi doado ao laboratório pelo Ministério da Saúde. Os
servidores passarão por um treinamento para utilização e a proposta da
Secretaria de Estado da Saúde é que os materiais coletados, principalmente
durante o inverno de 2020, possam auxiliar na produção de vacinas do próximo
ano. Pela proposta, haverá a ampliação das coletas realizadas em pacientes do
interior do estado, como forma de identificar os diferentes subtipos do vírus
influenza que atingem a população.
“Conhecendo esses subtipos, teremos maior número de amostras para mandar
para o laboratório de referência nacional para produção de vacinas. E, assim,
garantir uma imunização mais eficiente para os catarinenses”, afirma a diretora
do Lacen, Marlei Pickler Debiasi dos Anjos.
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