A população catarinense precisa se prevenir das Infecções
Sexualmente Transmissíveis, as ISTs, como HIV, sífilis, gonorreia, HPV e
hepatites. Cerca de 750 casos de HIV foram notificados no estado, apenas nos
seis primeiros meses do ano passado. Já a Aids, doença causada pelo HIV,
atingiu mais de 40 mil catarinenses, nos últimos 20 anos. Os dados são do
último Boletim Epidemiológico HIV/Aids, divulgado pelo Ministério da Saúde
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a OMS, todos os dias,
ocorrem 1 milhão de novas Infecções Sexualmente Transmissíveis no mundo e a
maior preocupação das autoridades em Saúde brasileiras é com os jovens.
As ISTs podem ser prevenidas com uso da camisinha. No entanto, esse
cuidado está diminuindo entre as pessoas de 15 a 29 anos. O alerta é do
Ministério da Saúde.
A coordenadora-geral de Vigilância das Infecções Sexualmente
Transmissíveis, Angélica Espinosa, do Ministério da Saúde, lembra que, na
dúvida, a melhor alternativa é procurar uma Unidade Básica de Saúde para
realização de testes rápidos para as ISTs, e, assim, impedir que as infecções
se propaguem.
“As pessoas precisam saber que podem estar correndo o risco de se expor a
uma IST, que podem se contaminar e que ela pode procurar o serviço de saúde
para fazer o diagnóstico e para fazer o tratamento. São infecções, então muitas
vezes a pessoa não vai ter nenhum sintoma aparente. E mesmo que ela não ache,
ela deve usar a camisinha em toda relação sexual.”
Além do HIV e da Aids, Santa Catarina registrou mais de 4.300 casos de
sífilis, no primeiro semestre do ano passado, e nos últimos 10 anos foram
aproximadamente 37.500 casos registrados. As hepatites virais mataram mais de
700 catarinenses, de 2000 a 2017.
Em todo país, o tipo C da hepatite é o mais prevalente e letal, com 26.167
casos notificados, no último ano pesquisado.
Os dados mais recentes do Ministério da Saúde mostram que, em um ano, em
todo Brasil, mais de 158 mil pessoas contraíram sífilis. Além disso, cerca de
900 mil pessoas convivem com o HIV, no país. De acordo com dados oficiais, a
maioria dos casos de infecção pelo HIV é registrada na faixa de 20 a 34 anos,
em todos os estados.
O diretor do Departamento de ISTs do Ministério da Saúde, Gerson Pereira,
ressalta que a prevenção é a melhor forma de proteção das ISTs. O uso da
camisinha é um hábito que precisa ser constante, durante todo o ano.
“E a gente coloca um jovem como prioridade nessa campanha é porque a gente
sabe, olhando os dados de sífilis das hepatites do HIV Aids, que essas doenças
são mais frequentes, hoje, na população de 15 a 29 anos. A prevenção maior
dessas doenças é o uso da camisinha”.
Este ano, o Ministério da Saúde vai distribuir, ao todo, 570 milhões de
camisinhas para todo o país. A quantidade representa um aumento de 12% em
relação ao número de camisinhas distribuídas no passado, quando foram enviados
509,9 milhões aos estados.
Além disso, as unidades de saúde do Sistema Único de Saúde do SUS, contam
com testes rápidos ou laboratoriais para ISTs. Apenas para o diagnóstico da
sífilis, serão distribuídos quase 14 milhões de testes rápidos em todo país.
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