Destaque
internacional em sanidade agropecuária, Santa Catarina mais uma vez sai na
frente com excelentes números na produção animal. Em setembro, o estado
ultrapassou a marca de mil propriedades certificadas livres de brucelose e
tuberculose, um marco importante que atesta a excelência sanitária dos rebanhos
e o importante trabalho feito pela Companhia Integrada de Desenvolvimento
Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) nos controles sanitários na cadeia
produtiva.
A presidente da
Cidasc, Luciane de Cássia Surdi, celebra essa importante conquista para Santa
Catarina. “Precisamos estar sempre atentos e avançando nos controles. A
parceria entre todos os envolvidos na cadeia produtiva, Governo, agroindústria,
produtores rurais e entidades públicas e privada, é importante para que o
estado possa conquistar níveis ainda maiores nos controles e na excelência
sanitária. Muitas indústrias de laticínios pagam um adicional no preço do litro
do leite quando a propriedade é certificada, essa vantagem incentivou os
produtores na busca da certificação”, afirma Luciane.
Para a médica
veterinária e coordenadora do Programa Estadual de Erradicação da Brucelose e
Tuberculose, Karina Diniz Baumgarten, alcançar a marca de 1.045 propriedades
certificadas no estado é motivo de comemoração. “Hoje, Santa Catarina tem uma
das menores taxas de prevalência de brucelose e tuberculose do Brasil. O último
levantamento feito pela Cidasc constatou que menos de 1% do rebanho. Este
índice é tão baixo que Santa Catarina é o estado brasileiro mais próximo de
obter a classificação de área de risco insignificante para essas doenças. É
motivo de orgulho para todos os catarinenses e a Cidasc é parceira do produtor
nesse processo”, destaca Karina.
O Programa tem
parceria com os órgãos públicos, enquanto certificadores dos processos,
profissionais habilitados e entidades privadas.
Certificação
O saneamento dos
estabelecimentos que aderem à Certificação de Propriedade Livre é feito
mediante testes custeados pelos produtores e realizados em todos os animais da
propriedade, os reagentes positivos são enviados para abate sanitário. Os
testes são realizados por médico veterinário habilitado, com 6 e 12 meses de
intervalo, e sem animais reagentes positivos. Terminado o período de testes a
propriedade recebe o certificado de propriedade livre de brucelose e
tuberculose. A manutenção do status é condicionada ao cumprimento de todas as
regras e normas sanitárias estabelecidas. Caso haja pretensão de ingresso de
animais na propriedade são exigidos dois testes negativos, exceto se o gado for
procedente de outra propriedade livre. A renovação do certificado é anual e os
exames devem ser realizados antes de vencer a certificação.
A erradicação da
brucelose e tuberculose pode ser mais um diferencial competitivo do agronegócio
catarinense. Médicos veterinários da Cidasc realizam, diariamente, educação
sanitária nas propriedades rurais de todo o estado, demonstrando a importância
da certificação para a valorização do plantel e na redução dos prejuízos do
produtor rural com as perdas que ocorrem devido às doenças no rebanho.
Karina destaca que
todos os anos são realizados aproximadamente 500 mil exames para analisar a
presença das zoonoses no rebanho catarinense. O rebanho catarinense pode ser
vacinado com amostra RB51, seguindo as normas do Regulamento Técnico do
Programa de Erradicação da Brucelose Bovina e Bubalina no Estado, atualizado em
julho de 2017, pela Portaria SAR n°19/2017.
Já o uso da
vacinação em massa, com a B19, é recomendado apenas para estados que possuem
altos índices da doença, portanto é proibida em Santa Catarina para evitar
custos desnecessários aos produtores e interferência nos testes de diagnóstico.
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