Foto: Cristiano Estrela/Secom
Maior produtor de
carne suína e segundo maior produtor de carne de frango do Brasil, Santa
Catarina amplia os embarques internacionais e o faturamento já passa de US$ 2
bilhões em 2021. De janeiro a agosto deste ano, os catarinenses aumentaram em
3,9% a quantidade de carnes exportadas, gerando uma alta de 10,3% nas receitas
geradas. Os números são divulgados pelo Ministério da Economia e analisados
pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa).
“O agronegócio
catarinense não para de crescer. A avicultura e a suinocultura são os
principais produtos da pauta de exportações de Santa Catarina e seguimos
batendo recordes de venda mundo afora. Temos muito a comemorar, porque esses
números se traduzem em geração de emprego e desenvolvimento econômico, além de
demonstrar a qualidade da produção catarinense, que atende aos mercados
mais exigentes do mundo”, destacou o secretário de Estado da Agricultura, da
Pesca e do Desenvolvimento Rural, Altair Silva.
Os embarques de
carne de frango seguem em alta e este ano são 661,5 mil toneladas vendidas ao
Exterior - 0,7% a mais do que no mesmo período de 2020. O faturamento
ultrapassa US$ 1,1 bilhão, um crescimento de 11,8%. Santa Catarina responde por
24% do total exportado pelo país e os principais mercados são Japão, China e Arábia
Saudita. Segundo o analista da Epagri/Cepa Alexandre Giehl, a carne de
frango segue ainda com demanda elevada no mercado interno, principalmente em
função dos preços elevados das demais carnes e da descapitalização dos
consumidores, que buscam opções mais econômicas.
Carne suína
De janeiro a agosto
deste ano, Santa Catarina ampliou em 24,7% o faturamento com os embarques de
carne suína, superando US$ 945,8 milhões, com mais de 380 mil toneladas
exportadas. Os principais mercados são China, Chile e Hong Kong. "É
importante observar que outros países têm ganho importância relativa no ranking
de exportações de Santa Catarina, como é o caso do Chile, Argentina, Filipinas
e Emirados Árabes Unidos. Esse processo é importante pois, no médio prazo, diminui
a dependência excessiva da suinocultura catarinense em relação aos
chineses", destacou Alexandre Giehl.
Diferenciais da produção catarinense
O Estado é
reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de
febre aftosa sem vacinação, o que demonstra um cuidado extremo com a sanidade
animal e é algo extremamente valorizado pelos importadores de carne. Além
disso, Santa Catarina, junto com o Rio Grande do Sul, é zona livre de peste
suína clássica.
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