Maior produtor
nacional de suínos, Santa Catarina comemora cinco anos como zona livre de peste
suína clássica. Em 28 de maio de 2015, catarinenses e gaúchos receberam a
certificação da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como a primeira zona
brasileira livre da doença.
"Em Santa
Catarina o trabalho conduzido pela Secretaria da Agricultura e Cidasc, com todo
o apoio do setor produtivo, levou ao reconhecimento internacional do estado
como zona livre de peste suína clássica em 2015. Esse status sanitário
contribui para que Santa Catarina continue sendo um grande produtor e
exportador de carne suína, com acesso aos mercados mais exigentes e também mais
rentáveis do mundo. Esse é um grande momento, que deve ser celebrado e que
reforça o desafio para o Governo do Estado e setor produtivo de cuidar cada vez
mais da sanidade animal em Santa Catarina", destaca o secretário adjunto
da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo Miotto.
Resultados na exportação
O status sanitário
diferenciado contribuiu para que Santa Catarina se tornasse um grande produtor
e exportador de carne suína, com acesso aos mercados mais competitivos do
mundo. Em 2019, o estado bateu o recorde histórico nos embarques do produto,
com 411,3 mil toneladas, gerando um faturamento de US$ 856,6 milhões.
Grande parte das
exportações catarinenses tem como destino o mercado chinês, que aumentou em
88,9% as compras no último ano, fechando em US$ 414,2 milhões. Em 2019, Santa
Catarina ampliou ainda os embarques para mercados altamente exigentes, como
Japão, Estados Unidos e Coreia do Sul.
Peste suína clássica
A peste suína
clássica é uma doença altamente contagiosa entre suínos e javalis e que não tem
cura nem tratamento. É importante lembrar que a peste suína clássica não é
transmissível para os seres humanos, porém causa grandes prejuízos para os
produtores rurais.
A doença provoca
febre alta, paralisia nas patas traseiras, manchas avermelhadas pelo corpo e
dificuldades respiratórias. Entre as formas de transmissão estão alimentos ou
água contaminados, contato com animais infectados, equipamentos sujos e roupas
de indivíduos que mantiveram contato direto com animais doentes ou que têm o
vírus incubado.
Regras diferenciadas para quem
chega a Santa Catarina
Para manter a
excelência sanitária do rebanho, o Estado mantém um rigoroso controle das
doenças animais por meio da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de
Santa Catarina (Cidasc) e do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária
(Icasa), com a participação dos criadores e entidades ligadas ao setor.
As medidas valem
também para quem visitar Santa Catarina. É proibida a entrada com miúdos
bovinos in natura de qualquer região do país. Além disso, há restrição para a
entrada de suínos e de produtos de origem suína de Alagoas, Amapá, parte do
Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do
Norte e Roraima - locais que ainda não são considerados livres de peste suína
clássica.
Destaque internacional na
produção de alimentos
“A vigilância ativa
dos médicos veterinários da Cidasc no plantel catarinense e a parceria com o
setor público e privado, além do apoio do produtor rural, transformaram Santa
Catarina em referência nacional e internacional em defesa agropecuária. Fizemos
o nosso dever de casa com maestria, ampliamos os nossos controles, trabalhamos
muito e conseguimos conquistar a certificação e, com isso, agregar valor aos
produtos catarinenses”, destaca a presidente da Cidasc, Luciane de Cássia
Surdi.
Santa Catarina
coleciona os títulos de maior produtor nacional de suínos, maçã e cebola;
segundo maior produtor de aves e arroz e quarto maior produtor de leite. O
estado é livre de Cydia pomonella, considerado o pior inseto praga da
fruticultura e também é o único do país reconhecido pela Organização Mundial de
Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação - status que
abre as portas para os mercados mais exigentes do mundo, mas que deixa os
rebanhos e lavouras mais vulneráveis a doenças.
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