Segundo estudo do
IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) publicado na semana passada, as
medidas de isolamento impostas até então colocam o estado como um dos mais
restritos, apesar de a adesão ao isolamento não ser tão grande.
Santa Catarina é o
10º estado da União em relação aos casos confirmados de coronavírus. Na última
atualização, feita nesta segunda-feira (20), foi confirmado o número de 1036 casos e 35 óbitos.
Na semana em
questão, que iniciou no dia 13, SC ficou como o 22º estado no ranking de
isolamento, com 42% de adesão. Ao fim da semana, retornou à faixa nacional, de
50%, mas tende a abandonar novamente a quarentena conforme as liberações do
governo estadual.
A nota técnica do
IPEA também relata que a “relação entre as políticas dos estados e as das
capitais tende a ser inversa”, ou seja, maiores restrições nas cidades são
relacionadas a iniciativas mais brandas pelos governos estaduais.
O estudo analisa os
dados através de um esquema de pontuação. Por exemplo, a suspensão de eventos e
atividades culturais ou religiosas. Se o estado ou município em questão
suspendeu totalmente, fica com 2, ao passo que se a restrição foi parcial, fica
com 1, e nula, com 0.
São analisadas seis
suspensões: a já citada, de eventos; a dos bares e restaurantes; de
estabelecimentos comerciais; indústria; escolas e universidades; e restrições
do transporte terrestre, fluvial ou marítimo.
Retomada catarinense
Apesar do alto
ranking, estima-se que Santa Catarina deva ficar com menos pontos nos próximos
dias. Isto porque, em coletiva transmitida nesta segunda (20), o governador
Carlos Moisés (PSL) anunciou que a retomada de igrejas e templos religiosos –
regulamentada nesta segunda – valerá a partir de terça (21).
Já a liberação de
academias, shoppings, restaurantes e centros comerciais ocorrerá a partir de
quarta-feira (22), mas ainda não foram divulgadas as normativas.
Tanto Moisés quanto
o Helton Zeferino, secretário de Estado da Saúde, afirmaram que essa liberação
pode ser revertida caso o quadro mude e os casos voltem a crescer
expressivamente.
Moisés afirmou que
ouviu todos os setores, e “discutiu intensamente” as propostas de
regulamentação no fim de semana. Segundo o governador, as atividades físicas
são importantes “inclusive para nos afastar do grupo de risco”.
Segundo Zeferino,
foram feitos estudos com um grupo voluntário de infectologistas e cientistas de
dados, modulando as estatísticas do estado para um estudo do Imperial College,
de Londres. Assim, segundo o secretário, foi tomada a decisão de iniciar a
flexibilização.
Em território europeu
Na Europa, que
passou por grandes conturbações há algumas semanas, também houve retomada
gradual nas atividades, liderada pela chanceler Angela Merkel, da Alemanha.
Juntamente com
outras 16 nações, foi elaborado um plano de flexibilização gradual que inicia
nesta semana. Contudo, antes disso, a Alemanha ampliou drasticamente os leitos
de UTI do país e testou mais de 1,7 milhão de pessoas.
No país, os casos
de curados da Covid-19 já supera o número de internados. Mesmo assim, Merkel
manifesta preocupação com o povo alemão, temendo um relaxamento nas medidas e
restrições.
Lá, a retomada teve
restrições distintas daqui. Por exemplo, em vez de apenas impor distância de
1,5 metro entre as pessoas, os estabelecimentos que abrirem as portas também
devem ser de, no máximo, 800 metros quadrados, e as concentrações de três
pessoas ou mais ainda são proibidas.
Merkel também preocupa-se
com a discussão de, exclusivamente, o abandono total da quarentena. “O que
importa agora é a evolução da situação até 30 de abril, data em que expiram as
atuais normas de proteção”, afirmou a chanceler alemã.
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