De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, Santa
Catarina dispõe atualmente de 450 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva),
em 117 hospitais, incluindo a rede pública (SUS) e entidades filantrópicas.
Durante coletiva de imprensa
na manhã desta quarta-feira (18), o secretário de Estado da Saúde, Helton de
Souza Zeferino, disse que um ofício foi enviado na terça (17) para todas as
unidades hospitalares, que devem reservar 10% de sua capacidade para casos de
coronavírus.
Isso totaliza cerca de 45
leitos para pacientes em estado grave da doença. “Ontem [terça], em
levantamento preliminar, já tínhamos 20 leitos disponíveis. No entanto, ninguém
que esteja internado vai ser retirado da UTI por conta dessa reserva”,
esclareceu Zeferino.
Aliado a isso, outras 20 UTIs
devem ser custeadas pelo governo federal e instaladas nos próximos dias no
Estado. Os locais não foram divulgados.
Mesmo que pareçam poucos, a
Secretaria de Estado da Saúde lembra que em torno de 85% dos casos da doença
não necessitam de internação. Apenas cerca de 5%, em média, precisam de
tratamento intensivo com respirador.
Dos casos confirmados em Santa
Catarina, apenas um paciente infectado está internado, no município de Içara,
no Sul catarinense.
Hospitais que estavam com
unidades prontas e aguardando liberação para operar também devem estar aptos a
atender casos graves da doença, se necessário. “A expectativa é aumentar o
número de ofertas, com base nas demandas. Não vamos concentrar o atendimento em
uma única região do Estado; todas deverão estar aptas a prestar esse serviço”,
disse o secretário.
Mais recursos
Em conversa com representantes
dos diversos poderes, o governo estadual também garantiu o repasse de R$ 58
milhões para enfrentamento de questões de saúde, na rede pública e privada. Os
recursos virão do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), TJ (Tribunal de
Justiça), Alesc (Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina) e TCE
(Tribunal de Contas do Estado).
Ainda na terça, a Secretaria
também suspendeu as cirurgias eletivas, exames e consultas ambulatoriais sem
urgência (exceto pré-natal). As medidas servem para aliviar a demanda por
equipamentos e atendimento. Esse procedimentos deverão ser reagendados
posteriormente.
Em relação aos testes para o
coronavírus, Zeferino garantiu que o Lacen (Laboratório Central de Saúde
Pública de Santa Catarina) tem material suficiente. Nesta terça, o laboratório
recebeu 480 kits e mais um lote deve chegar do Ministério da Saúde até esta
quinta-feira (19).
Protocolos de atendimento
O governo também estabelece
diretrizes para o atendimento pelos profissionais de saúde, de forma a reduzir
ao máximo as possíveis exposições ao vírus antes mesmo da chegada do caso
suspeito às unidades de saúde.
O ideal é agendar atendimentos
por telefone, dando tempo para as equipes se prepararem para a chegada, entrada
e triagem seguros dos pacientes.
Além de sinalizar a entrada da
unidade apontando para o fluxo de atendimento, é preciso fornecer máscara
cirúrgica ao paciente sintomático e/ou identificado como caso suspeito; e
disponibilizar álcool para a higiene das mãos no ponto de assistência.
No caso de internação de
pacientes suspeitos ou confirmados, também há orientações
específicas:
- acomodar em quarto privativo (isolamento);
-instituir precauções padrão e precauções para aerossóis;
-estabelecer isolamento por corte (ambiente e profissionais)
com distância mínima de 1 metro entre os leitos, num cenário com aumento do
número de pacientes internados;
-estabelecer coorte de pacientes comunicantes suscetíveis a
partir do 2º dia, após o primeiro contato com o caso, até o 14º dia, após o
último contato com o caso.
Veja outras recomendações:
O paciente deve permanecer com a máscara cirúrgica durante o
atendimento, quando sair do quarto de isolamento, ou em transporte para exames
dentro ou fora do hospital;
-profissionais de saúde devem fornecer máscara de proteção
respiratória para acompanhantes do paciente e a mesma deve ser colocada antes
de adentrar no ambiente e retirada após a saída dele;
-substituir as máscaras sempre que apresentar sujidade ou
umidade visível;
-realizar a limpeza e a desinfecção de itens compartilhados
por demais pacientes, como esfigmomanômetro, oxímetro de pulso, termômetro e
outros;
-se o paciente precisar ser transportado, informar com
antecedência ao serviço de saúde, à equipe de assistência, ao serviço móvel
sobre as precauções a serem tomadas e usar veículo com compartimento separado
entre motorista e paciente; intensificar limpeza das mãos (álcool gel a 70%);
limpar e desinfectar todas as superfícies do veículo com água e sabão e álcool
70% ou hipoclorito de sódio 1%.
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