O Fórum de Prevenção de Perdas virtual que a Associação Catarinense de Supermercados (Acats) promoveu na quarta-feira (05), teve como destaque a apresentação da 20ª edição da pesquisa Nacional de Prevenção de Perdas (PP) da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Neste levantamento, Santa Catarina alcançou o melhor desempenho do País, com índice de PP por faturamento bruto de 1,20% (média Brasil 1,82%). Outro quesito em que SC é líder é no número de empresas participantes da pesquisa que tem setor próprio de PP, 82% (média Brasil 71%).

O Presidente da ACATS, Paulo Cesar Lopes, fez a abertura oficial do fórum, que teve a mediação do Diretor Executivo da Entidade, Antonio Carlos Poletini. Lopes relacionou este protagonismo de SC no plano nacional de Prevenção de Perdas aos resultados práticos de programas pioneiros executados pela Entidade, tanto em Prevenção de Perdas como em programas como o Supermercado Lixo Zero, Programa Alimento Sustentável de Rastreabilidade e Controle de Alimentos (PAS), Automação de Cadastro de Produtos e Eficiência Energética, entre outras ações.

– A ACATS tem sido pioneira e referência para todo o Brasil em suas iniciativas e projetos o que nos orgulha, porém aumenta o compromisso da Entidade. Os desafios para o setor supermercadista são enormes e com a realização de eventos de discussão e de apresentação como esta nova série de fóruns a ACATS deseja dar a sua contribuição para a melhoria contínua de processos nas empresas afiliadas – afirmou.

Ao chamar a atenção pelo valor significativo que as perdas acarretam para as empresas, Lopes incentivou as empresas a incorporarem nas suas estruturas administrativas e operacionais o setor de prevenção de perdas, para gerar melhores resultados em todos os aspectos, principalmente no lucro, que é o objetivo geral de todas elas. “A ACATS tem uma estrutura para finalidade, que é o Comitê de Prevenção de Perdas. Empresas de todos os portes podem participar”, salientou.

O Superintendente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Márcio Milan, conduziu a apresentação dos resultados da 20ª. Avaliação de Prevenção de Perdas (PP), que apontou um total de R$ 6,9 bilhões (1,82% do faturamento bruto). Os segmentos que mais contribuíram para o resultado de PP foram validade vencida, perda operacional e furto interno e externo. A pesquisa mostra a realidade nacional da PP.

PAINEL

O fórum avançou com a realização do painel em que participaram Raphael Figueira Costa, que apresentou trabalho da gestão de ruptura na prevenção de perdas. Costa mostrou as vantagens da planogramação nas lojas dentro de um contexto preventivo em que as rupturas, comercial, de logística e operacionais, podem ser mitigadas através de estratégias com uso de ferramentas de planogramação.

Outra intervenção do painel, mediado pelo coordenador do Comitê de Prevenção de Perdas da ACATS, Airton Said, foi do fundador e diretor da Top Sistemas, Juliano Camargo. Com mais de 25 anos de atuação e abrangência até internacional, Camargo mostrou desempenhos mais favoráveis no monitoramento de possíveis situações perdas com o uso de dispositivos tecnológicos de controle em área vitais das lojas, como frentes de caixa e de recebimento de mercadorias.

PREVENÇÃO DE PERDAS COMO ESTRATÉGIA

O fórum teve como terceira atividade a intervenção de Carlos Eduardo Santos, Presidente da Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe). Santos traçou um histórico de ciclos de avanço da PP no Brasil, a partir da fase operacional, onde o foco estava nas pessoas, a fase estratégica com foco nos processos e o ciclo atual da informação com o foco nas tecnologias.

Santos acha que a pandemia veio trazer uma ´tempestade perfeita´ para que as empresas decidam investir em prevenção de perdas, porém com um foco mais ampliado, caracterizando-se como setor estratégico para a proteção de lucro.

A recomendação do executivo é a de dar mais visibilidade para a importância da estrutura de prevenção de perdas nas companhias, em que todos os setores acompanhem e participem dos processos em busca da melhoria do resultado final dos negócios.

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