O número de regiões
em risco gravíssimo para o contágio por coronavírus voltou a subir e passou de
oito para 12 em Santa Catarina.
Isso representa 75%
de todas as 16 regiões de saúde estabelecidas pelo governo do Estado.
Os números circularam
entre membros da Federação Catarinense dos Municípios (Fecam) e foram
confirmados na tarde desta quarta-feira (12) pela Secretaria de Estado da
Saúde.
No balanço da
semana passada, o Estado havia feito o movimento contrário, passando de 12 para
oito regiões com risco gravíssimo.
De acordo com o
serviço de imunologia do Estado, o principal motivo foi a liberação de leitos
de UTI, muitas delas causadas por mortes decorrentes da covid-19.
Esta semana, o
risco de contágio do novo coronavírus foi elevado de grave para gravíssimo em
cinco regiões: Alto Uruguai Catarinense, Grande Florianópolis, Laguna, Serra
Catarinense e Xanxerê.
O Médio Vale do
Itajaí, que na semana passada era considerado de risco gravíssimo, teve a
classificação reduzida para risco grave, mas com nota 3,0, o que significa que
a região está no limite entre grave e gravíssimo.
Quatro
regiões seguem em risco grave
As outras regiões
que já estavam no estado de alerta máximo e continuam nessa condição são: Alto
Vale do Itajaí, Alto Vale do Rio do Peixe, Carbonífera, Extremo Sul
Catarinense, Foz do Rio Itajaí, Meio Oeste e Nordeste.
Já na classificação
de risco grave, além do Médio Vale do Itajaí aparecem Extremo Oeste, Oeste e
Planalto Norte.
SC tem cinco
dias para apresentar plano para repor medicamentos para intubação
O aumento de
regiões em risco gravíssimo para o novo coronavírus aumenta também a
preocupação com a ocupação dos leitos de UTI.
Nesse quesito, o
Estado tem 12 regiões na condição gravíssima e três no estado grave. Até a
terça-feira (11) a capacidade ocupada de leitos de UTIs em SC era de 83%.
A epidemiologista
da Secretaria de Estado da Saúde, Maria Cristina Willemann, alerta que se na
semana passada o número maior de óbitos que causou liberação de leitos de UTI
explicou a redução das regiões de risco gravíssimo de 12 para oito, nesta
semana foi justamente o fato de não haver um número tão concentrado de mortes
por covid-19 que fez o fator ocupação de UTI voltar a ser preocupante, elevando
a classificação de risco dessas regiões novamente para a condição gravíssima.
- Na semana passada
o movimento foi anormal. O que a gente estava esperando é que se mantivesse
nessa condição de risco altíssimo para mais regiões, como ocorreu nesta semana,
por isso dizíamos que era preciso ter cautela ao analisar os dados - reforça a
especialista.
Willemann afirma
que a classificação mostra que o Estado ainda vive uma franca expansão da
pandemia, o que exige todos os cuidados de isolamento social para tentar conter
o contágio da doença. Ela reforça que as aglomerações vistas no Dia dos Pais
não ajudam no desafio de conter o coronavírus e diz que essas reuniões podem
refletir nos números da próxima semana.
- A população
precisa saber que continuamos com a transmissão no mesmo nível e que ainda
estamos numa situação muito ruim - apela a epidemiologista.
O mapa é elaborado
pela Central de Operações de Emergência em Saúde (Coes), com base em critérios
como índice de isolamento social, testagem e isolamento de casos, fluxo de
assistência e ampliação de leitos.
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