Ituporanga lidera ranking das cidades com maiores crescimentos - Foto: Arquivo/SecomSC
As prefeituras catarinenses têm até 30 dias, a partir desta
terça-feira, 4, para questionar os números provisórios do Índice de
Participação dos Municípios (IPM) e do Valor Adicionado (VA) que serão
repassados em 2020. As projeções, publicadas pela Secretaria da Fazenda
(SEF/SC) na última sexta-feira, 31, no Diário Oficial (PeSEF – Publicações
Eletrônicas da Secretaria de Estado da Fazenda), levam em conta o movimento
econômico de cada cidade em 2017 e 2018.
“Como o IPM é uma das principais receitas para a maioria das cidades, as
prefeituras têm amplo direito de contestação, manifestação e defesa. Os valores
de perda são estimativas, por isso o processo de impugnação e recurso está
estruturado de forma simples e ágil”, afirma o secretário da SEF/SC, Paulo Eli.
Maiores IPMs – Assim como em 2019,
Joinville (8,3%), Itajaí (8,1%) e Blumenau (4,5%) terão as maiores
participações para o próximo ano. No entanto, ressalta-se que dos três, apenas
Itajaí não registrou queda no índice - em 2020, o município irá receber R$ 30
milhões a mais. Joinville teve queda de 0,3% em relação a 2019, uma repercussão
financeira de menos R$ 1,2 milhão. Já Blumenau apresentou IPM 5,9% menor,
resultando em R$ R$ 15 milhões a menos.
Crescimentos – O ranking dos maiores
crescimentos é liderado por Ituporanga, que em 2020 receberá cerca de R$ 2
milhões a mais do que no último ano, alta de 14,2%. Em seguida, aparecem os
municípios de Balneário Piçarras e Major Vieira ocupando, respectivamente, o
segundo e terceiro lugar. O primeiro cresceu 13,7%, com R$ 1,7 milhão de
incremento, em decorrência do desempenho do comércio atacadista. Já Major
Vieira receberá R$ 860 mil a mais que em 2019, devido a maior
movimentação da indústria de extração florestal.
Menores participações – Na lista dos
municípios com menores participações estão Rio Rufino (0,061%), Presidente
Nereu (0,062%) e Pescaria Brava (0,064%).
Quedas – O ranking das maiores quedas é
liderado por Morro Grande (-23,9%), que receberá R$ 1,6 milhão a menos que
neste ano. A queda é consequência da redução da atividade de frigorífico de
aves. O município de Bom Jardim da Serra registrou a segunda maior queda (13,4%
de decréscimo). Ponte Alta do Norte também entra na lista, com menos 13,3%
no IPM, um impacto negativo de R$ 820 mil em relação a 2019.
Como é feito o cálculo - O IPM é calculado
anualmente pela SEF/SC, que considera como principal critério o Movimento
Econômico – também conhecido como Valor Adicionado (VA) – para compartilhar com
os municípios o ICMS recolhido pelo Estado. A lei regulamenta que o Governo
deve repassar 25% da arrecadação de ICMS aos municípios, sendo que 15% desse
total são divididos igualmente entre as 295 cidades e os outros 85%
distribuídos de acordo com o VA. Os municípios podem impugnar os índices via
internet dentro dos próximos trinta dias. Os pedidos serão analisados e
julgados entre julho e agosto. Caso não concordem com a decisão, os
administradores municipais ainda têm a alternativa de recorrer ao colegiado, do
qual participam dois representantes das prefeituras e dois da SEF/SC.
Os dados estão disponíveis aqui, a partir da página 68.
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