André Motta, atual secretário de Estado Saúde, admitiu que
os 50 respiradores comprados da Veigamed não têm nenhuma utilidade para o
tratamento de pacientes com Covid-19. A declaração foi dada na tarde de
quinta-feira (4), durante a CPI dos Respiradores na Alesc (Assembleia
Legislativa de Santa Catarina).
Durante as quatro horas em que foi sabatinado pelos deputados, Motta confirmou que os aparelhos modelo Shangrila 510S são usados apenas para o transporte de pacientes. Quando foram comprados, o governo catarinense buscava equipamentos para UTIs.
“Lembrando que o Shangrila é um respirador de transporte que não atende ao paciente de Covid, mas ele pode muito bem atender outras situações dentro do Estado. Então, se eles estiverem em perfeito funcionamento, vão ser utilizados onde podem ser utilizados”, disse.
Segundo o secretário, órgãos
de controle estão fazendo análises nos equipamentos que chegaram da China. Se
estiverem funcionando, serão aproveitados.
O chefe da pasta foi o segundo
a depor na sessão. Antes dele, os deputados ouviram o empresário Onofre Neto, citado no inquérito que
apura superfaturamento na compra.
O lote
com os 50 respiradores faz parte de um total de 200 equipamentos adquiridos em
negociação polêmica, há três meses, pelo Executivo. A compra com dispensa de
licitação custou R$ 33 milhões.
Além
dos primeiros equipamentos que chegaram ao Estado sem documentação e foram
doados pela Receita, outros 50 estão desde a última sexta-feira
(29) no Aeroporto de Guangzhou, na China. A liberação depende de procedimentos
que ainda estão em trâmite no país asiático.
O Estado, no entanto, já adquiriu
200 respiradores do modelo correto para Covid-19 da
catarinense WEG. A previsão é de que o restante dos equipamentos sejam
entregues em duas etapas: 300 em junho e 450 em julho.
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