Explanação da defesa, no início da tarde do segundo dia de julgamento.
Dando sequência ao julgamento dos quatro acusados pela
morte do advogado Joacir Montagna, ocorrido em 13 de agosto do ano passado em
Guaraciaba, o segundo dia do júri iniciou às 9h desta terça-feira,
02. A manhã foi dedicada à explanação do promotor de justiça, João Paulo de
Andrade, e do advogado assistente de acusação, Guilherme Luiz Guerini. A
apresentação encerrou por volta de 12h20.
No
retorno do intervalo do almoço, a partir das 13h30, a defesa fará uso da
palavra; Dr. Adilson Luiz Raimondi (defensor
dativo), Drs. Rodrigo Santamaria Saber e Fernando Corrêa (defensores
públicos), e os advogados Luiz Antônio Agne e Alexandre Santos Correia de
Amorim. Há possibilidade, ainda, de réplica e tréplica.
Votação
dos quesitos e leitura da sentença devem ficar para quarta-feira, 03, a partir
das 9h, quando a sessão for retomada. O conselho de sentença
é composto por seis homens e uma mulher. O júri está sob regência do juiz
da Vara Criminal da comarca de São Miguel do Oeste, Márcio Cristófoli.
Primeiro
dia
No primeiro
dia do julgamento foram realizados os trabalhos preparatórios, o sorteio
dos jurados, leitura de peças, a inquirição de uma testemunha de acusação
e o interrogatório dos cinco acusados. À noite, os jurados foram encaminhados a
um hotel na cidade, acompanhados por oficial de justiça e policiamento,
onde permaneceram incomunicáveis.
A
segurança do júri está sob coordenação do Núcleo de Segurança Institucional do
Tribunal de Justiça, com apoio da Polícia Militar e do Núcleo de Operações
Táticas do Departamento de Administração Penitenciária.
Acusações
Três
irmãos são acusados de homicídio qualificado (duplamente), adulteração de sinal
identificador de veículo automotor e associação criminosa. O tio deles é
acusado de associação criminosa e porte ilegal de arma de fogo de uso
permitido. Já um quinto acusado será julgado por homicídio qualificado
(duplamente), adulteração de sinal identificador de veículo automotor e porte
ilegal de arma de fogo de uso permitido.
O
crime
De
acordo com a denúncia, no dia 13 de agosto de 2018, dois acusados saíram de
carro de Chapecó para Guaraciaba. Um terceiro foi de motocicleta cuja placa era
clonada e o número do motor adulterado. Nas proximidades do trevo de
Guaraciaba, o executor embarcou na moto e os dois foram até o escritório da
vítima. Ele teria anunciado um “assalto” para as funcionárias do escritório e
pedido para levá-lo ao "doutor". Quando Joacir Montagna se abaixou
atrás da mesa de trabalho, em menção de pegar o dinheiro, o acusado teria
atirado acertando a cabeça da vítima.
Os
acusados teriam fugido de motocicleta, a qual teria sido abandonada no interior
do município de Guaraciaba. Depois, eles teriam voltado de carro para Chapecó.
Os cinco acusados foram presos preventivamente no decorrer das
investigações.
A
motivação do crime está sendo investigada pela Polícia Civil em outro Inquérito
que tramita em segredo de Justiça. Joacir Montagna era servidor da
Assembleia Legislativa de Santa Catarina (cedido para trabalhar na antiga
Agência de Desenvolvimento Regional de São Miguel do Oeste) e exercia
advocacia.
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