A Polícia Civil, por meio da Divisão de Investigação
Criminal de Fronteira (DIC/Fron), após seis meses de investigação, concluiu o
inquérito policial instaurado para apurar as circunstâncias de uma vistoria
veicular realizada em dezembro de 2019, em uma empresa de vistoria credenciada
pelo Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN), em Chapecó. O trabalho teve o
apoio de agentes do Núcleo de Inteligência da Delegacia Regional de Polícia
(DRP).
Seis pessoas foram indiciadas por crimes de adulteração de sinal
identificador de veículo automotor, falsidade ideológica, inserção de dados
falsos em sistema do DETRAN e uso de documento falso, cujas penas mínimas,
somadas, superam 11 anos a alguns dos investigados.
As investigações apuraram que o veículo objeto de fraude, modelo Toyota
Corolla, envolveu-se em um acidente no dia 15 de dezembro do ano passado, que
causou diversos danos no automóvel. No entanto, cinco dias depois dia 20 de
dezembro, o veículo foi aprovado em vistoria realizada pela empresa
investigada, sendo que as fotos do laudo não indicaram quaisquer sinais dos
danos sofridos no acidente. Já no dia 26 de dezembro, agentes da Polícia Civil
localizaram o veículo com os mesmos danos decorrentes do acidente.
A partir de então, com a apreensão do veículo seguida de perícia, análise
de documentos, confrontação dos relatos dos envolvidos, cumprimento de mandados
de buscas nos endereços, além de outras diligências, chegou-se à conclusão de
que um veículo fornecido por um empresário revendedor de veículos, de mesmo
modelo daquele danificado, foi adulterado, colocando-se nele as placas do
automóvel danificado, com o objetivo de ser fotografado e vistoriado como se
fosse o outro automóvel, permitindo, assim, dada a pressa do interessado, a
imediata transferência de propriedade ainda no ano de 2019.
Durante a investigação, outra vistoria fraudada foi identificada,
envolvendo os mesmos empresários da vistoria e da revenda de veículos,
relacionado a um modelo Fiat Toro. A Polícia Civil descobriu, ainda, o
envolvimento de uma funcionária de um despachante de Chapecó, que concordou em
promover a vistoria simulada e, então, encaminhar o pedido de transferência.
A investigação prossegue no intuito de apurar outros casos de fraude em
vistorias e transferências veiculares em Chapecó. A Polícia Civil, que possui
atribuições para fiscalizar o serviço de vistoria veicular e investigar
criminalmente quaisquer irregularidades na referida área, reforça que não
admite qualquer espécie de conduta ilícita, reprimindo-as assim que toma
conhecimento delas, buscando a responsabilização dos infratores, penal e
administrativamente.
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