O Comitê de
Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) promove hoje (19) a
primeira parte da reunião para definir a taxa básica de juros, a Selic. Amanhã
(20), após a segunda parte da reunião, será anunciada a taxa ao final
do dia.
No segundo dia, os
membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e
definem a Selic.
Meta
de inflação
A Selic representa
o principal instrumento do governo para controlar a inflação, garantindo que
ela fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Para 2021, a meta está em 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto
percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o
superior, 5,25%.
Para 2022, a meta é
3,5%, também com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Até alguns meses
atrás, as instituições financeiras projetavam inflação abaixo do centro de
meta. A situação, no entanto, mudou com a recente alta no preço dos alimentos.
Os analistas consultados no boletim Focus agora projetam que a
inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
terminará o ano em 3,43%. Para 2022, a estimativa está em 3,5%.
Controle
da demanda
O Banco Central
atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo
títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor
definido na reunião.
A Selic, que serve
de referência para os demais juros da economia, é a taxa média cobrada em
negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, registradas diariamente
no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia.
Ao manter a Selic
no mesmo patamar, o Copom considera que as alterações anteriores nos juros
básicos foram suficientes para chegar à meta de inflação, objetivo que deve ser
perseguido pelo BC.
Ao reduzir os juros
básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a produção e
o consumo.
Quando o Copom
aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa
reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam
a poupança.
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