O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias
Toffoli, editou resolução autorizando o trabalho remoto de servidores da Corte
até janeiro de 2021 por causa da pandemia do novo coronavírus.
A medida visa prevenir a contaminação de funcionários do tribunal – que até
esta semana não registrou nenhum caso positivo de Covid-19.
“Fica estabelecido modelo
diferenciado de gestão de atividades voltado para a entrega de resultados nos
trabalhos realizados nos formatos presencial e à distância, a ser aplicado
entre 1° de junho e 31 de janeiro de 2021”, determinou Toffoli.
A medida prevê que deverá ser
mantido em trabalho remoto todo servidor cuja ‘natureza de suas atividades for
compatível e houver condições de saúde física e psicológica para a
continuidade’. Os gabinetes dos ministros estão liberados para adotar outros
modelos de gestão, se quiserem.
A reestruturação da Corte
ocorrerá durante o mês de maio e vai contar com reuniões virtuais semanais e
definição de ambientes de comunicação para interação entre membros das equipes
do Supremo.
Em março, Toffoli suspendeu o
acesso ao plenário da Corte e as visitas públicas ao prédio do tribunal como
medida preventiva. As resoluções também colocavam em home office os servidores
maiores de 60 anos e que vivem com doenças crônicas. Desde então, houve reforço
na higienização das áreas do STF e limitação na circulação de pessoas dentro
das sessões plenárias.
Os julgamentos da Corte
passaram a ser realizados por videoconferência, com alguns ministros votando de
casa. Por ordens de Toffoli, o Supremo desenvolveu ferramentas que permitiram a
sustentação oral de advogados à distância, que precedem os votos dos ministros.
Nas últimas duas semanas, a Corte adotou este novo tipo de julgamento nas
sessões plenárias.
Outros julgamentos foram
movidos para o plenário virtual, plataforma virtual em que os ministros tem uma
semana para votarem.
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