O Senado aprovou
nesta segunda-feira (30) o pagamento de um auxílio emergencial por três meses,
no valor de R$ 600, destinado aos trabalhadores autônomos, informais e sem
renda fixa. Chamado de “coronavoucher”, a ajuda vem para reparar as perdas de
renda para algumas fatias da sociedade durante o período de isolamento, quando
as oportunidades de trabalho para essas categorias estão escassas.
A aprovação foi
unânime, com 79 votos favoráveis e apoio dos senadores da oposição e do
governo. O líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), foi um dos vários
parlamentares que se manifestaram. “Estamos precisando de tais iniciativas de
injetar na veia o dinheiro para o cidadão comprar comida e sobreviver a essa
calamidade. A primeira vez que o dinheiro vai chegar na mão do povo vai ser
nesse projeto. É calamidade, as pessoas estão precisando”.
O senador Chico
Rodrigues (DEM-RR) destacou que o projeto é um consenso entre Congresso
Nacional e governo federal. Já o líder do governo na Casa, Fernando Bezerra
(MDB-PE), afirmou que mais de 30 milhões de brasileiros serão beneficiados com
essa medida.
O senador Randolfe
Rodrigues (Rede-AP) disse que, graças a um ajuste de redação, o benefício
também contemplará inscritos no Cadastro Único após o dia 20 de março. Em
seguida, o líder da oposição afirmou que esse não é o momento de priorizar as
finanças do Estado. “Não cabe se pensar em gasto público. Esse é um momento emergencial,
que temos que atender as necessidades das pessoas”.
Logo após a
aprovação, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, usou o Twitter para pedir
ao presidente da República a sanção imediata do projeto. Alcolumbre está
afastado de suas atividades após ter sido diagnosticado com o novo coronavírus.
Inclusão de
outras categorias
Outro projeto já
ganha forma no Senado, para incluir outras categorias, como motoristas de táxi
ou de aplicativo e pescadores sazonais, dentre outros a serem definidos. Weverton
Rocha (PDT-MA) lembrou dos músicos, que perderam trabalhos durante o
isolamento. Essa pode ser outra categoria a entrar no novo projeto. Esse texto,
previsto para ser votado amanhã (30), será de autoria do senador Alessandro
Vieira (Cidadania-SE) e tem relatoria de Esperidião Amin (PP-SC).
Vieira foi o
relator do projeto aprovado hoje. Seu nome foi escolhido justamente por
conhecer bem o tema e já discutir a inclusão de novas categorias a partir das
emendas que recebeu para análise. As emendas não foram acatadas para evitar que
mudanças de mérito do projeto o fizessem voltar à Câmara.
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