O Senado Federal aprovou nesta quarta (3), em votação
simbólica, a MP (Medida Provisória) 1004/2020, que abre crédito extraordinário
de R$ 2,5 bilhões no orçamento do governo federal para que o Brasil possa
entrar no Covax Facility, consórcio internacional para distribuição de vacinas,
de onde está prevista a entrega de 42,5 milhões de doses até junho deste
ano. A MP, enviada pelo governo federal, agorá será promulgada.
O governo pretende utilizar R$ 711,6 milhões para o pagamento
inicial ao consórcio, seguido de investimento de R$ 91,8 milhões garantia de
compartilhamento de riscos. Outro R$ 1,7 bilhão será utilizado adicionalmente
para acesso às doses de vacina.
O cronograma do Ministério da Saúde prevê a remessa de 42,5
milhões de doses pelo consórcio Covax Facility, sendo 2,65 milhões da vacina
AstraZeneca em março e de mais 7,95 milhões do mesmo imunizante até junho de
2021. O Brasil receberá ainda aproximadamente mais 32 milhões de doses de
vacinas contra covid-19 produzidas por laboratórios de sua escolha até o final
do ano, conforme cronogramas estabelecidos exclusivamente pelo Covax Facility.
Em outras remessas, a Seas informou que a previsão é receber
do Instituto Butantan, de São Paulo, 100 milhões de doses da vacina CoronaVac.
Em janeiro, conforme a secretaria, foram entregues 8,7 milhões de doses. Em
fevereiro serão mais 9,3 milhões. O cronograma tem previsões para os meses
seguintes março (18,1 milhões), abril (15,93 milhões), maio (6,03 milhões),
junho (6,03 milhões), julho (13,55 milhões), agosto (13,55 milhões) e a última
entrega prevista é para setembro (8,8 milhões).
Já da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o cronograma estima o
recebimento de 222,4 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca. Em janeiro,
o ministério informou que recebeu 2 milhões de doses. Para fevereiro, a entrega
prevista é de 4 milhões. Em março serão 20,7 milhões, em abril mais 27,3
milhões, em maio 28,6 milhões e em junho 1,2 milhão. Conforme a secretaria, a
partir da incorporação da tecnologia da produção do IFA, a Fiocruz deverá
produzir e entregar mais 110 milhões de doses no segundo semestre de 2021.
O cronograma prevê ainda a entrega das 10 milhões de doses da
vacina Sputnik V do Instituto Gamaleya, importadas da Rússia, pela farmacêutica
União Química. De acordo com a Seas, a previsão é de que o contrato seja
assinado esta semana. Quinze dias após a assinatura, o ministério deve receber
800 mil doses. Em abril, com 45 dias após a assinatura do contrato, a entrega
será de mais 2 milhões. Em maio outros 7,6 milhões, com 60 dias após a
assinatura e a partir da incorporação da tecnologia da produção do IFA, a União
Química deverá passar a produzir mais 8 milhões de doses por mês.
Já para a vacina Covaxin – Barat Biotech, a previsão é de
receber 20 milhões de doses importadas da Índia e o contrato também deve ser
assinado nesta semana. Devem chegar ao Brasil 8 milhões de doses com dois
lotes de 4,0 milhões com 20 e 30 dias após a assinatura do contrato. Em abril
mais 8 milhões também em dois lotes de 4 milhões com 45 e 60 dias após a
assinatura do contrato e em maio 4,0 milhões de doses com 70 dias após o
contrato assinado.
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