Logo após a Câmara dos Deputados aprovar o texto-base da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para 2021, a proposta foi aprovada no Senado e agora segue para sanção presidencial. A LDO define as metas e prioridades do governo para o ano seguinte, orienta a elaboração da lei orçamentária anual e fixa limites para os orçamentos dos poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público.
Na proposta, consta a correção do salário mínimo para R$ 1.088 a partir de janeiro. Atualmente, o salário mínimo é de R$ 1.045. Foi feita apenas a correção com base na previsão da inflação acumulada no ano, de acordo com o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Não houve, portanto, aumento real. A regra que previa aumento real, o aumento acima da inflação, deixou de vigorar no ano passado.
O texto aprovado na última quarta-feira (16) estabelece como meta fiscal no próximo ano déficit primário de R$ 247,1 bilhões. Na quinta-feira (15), o governo federal modificou o texto, enviado ao Congresso em abril, para ampliar a meta do déficit, inicialmente prevista em R$ 149,61 bilhões. A nova meta indica déficit de R$ 247,1 bilhões para o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) para 2021, sem considerar os juros da dívida pública.
O relator, senador Irajá (PSD-TO), destacou como prioridade o
programa de habitação popular Casa Verde Amarela. Irajá incluiu a prorrogação
da desoneração da folha de pagamento em 2021.
O senador
também incluiu um dispositivo no texto para dar mais rapidez à execução das
emendas parlamentares impositivas no Orçamento da União. O texto reduz de 90
para 45 dias o prazo para o Executivo publicar os procedimentos e o cronograma
de execução das emendas individuais.
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