Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
A população
brasileira acima de 18 anos deve ser vacinada até o fim de 2021. É isso que
estima Marcelo Queiroga. O ministro participou de audiência conjunta das
comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Defesa do Consumidor da
Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (26), e avaliou as ações da pasta no
combate à pandemia, com projeções futuras.
“Com as
articulações realizadas pelo Ministério da Saúde será possível, com o empenho
de todos, vacinar a população brasileira acima de 18 anos até o final de 2021.
Essa é a nossa esperança, esse é o nosso compromisso”, afirmou Queiroga.
O ministro também
adiantou um ato do governo federal que pode dar mais velocidade ao processo de
imunização. Segundo ele, Bolsonaro deve assinar, já na próxima semana, um
acordo para produção de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) da vacina contra a
Covid-19 no Brasil, por meio de contrato com a Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz).
Na última semana, a
produção de imunizantes do Instituto Butantan e da Fiocruz chegou a ser
paralisada por falta de insumos da China. O ministro da Saúde lembrou no
Congresso que, mesmo com a suspensão temporária, o Brasil é hoje “um dos cinco
países que mais distribuem vacinas para a sua população.”
Vacinas e variantes
Dados do governo
federal atualizados nesta quarta-feira mostram que 63 milhões de doses já foram
aplicadas em todo o Brasil. A quantidade de doses enviadas aos governos locais,
mas ainda não aplicadas, é maior. “Somente agora, no mês de maio, nós
distribuímos mais de 30 milhões de vacinas para estados e municípios, e já
distribuímos, desde o início da nossa campanha de vacinação, mais de 90 milhões
de doses”, enumerou Marcelo Queiroga.
Em relação ao
ranking mundial de países com população que recebeu pelo menos uma dose de
imunização, o Brasil está em 3º lugar, atrás apenas dos Estados Unidos e da
Índia. O titular da Saúde ainda ressaltou que o país tem contratos de cerca de
600 milhões de doses de vacinas até 2022.
Queiroga evidenciou
esses dados lembrando que o avanço da imunização da população é a única
possibilidade de acabar com o caráter pandêmico da doença, e citou medidas de
contenção de variantes para frear o avanço do vírus e permitir a retomada
econômica.
“O Brasil precisa
ter a atividade econômica resgatada. Nos preocupa em particular as possíveis
mutações e variantes que surjam no Brasil ou em outros países, como é o caso da
variante inicialmente descoberta na Índia e que nós já detectamos um indivíduo do
estado do Maranhão, em um hospital privado”, disse.
Com o comunicado da
infecção por essa variante, o ministro foi até o estado com uma equipe de saúde
e promoveu ampliações de ferramentas de combate à pandemia. “Levamos 600 mil
testes rápidos para o Maranhão e, após aprovação do PNI, mais 300 mil doses de
vacinas para ter uma cobertura adicional e criar ali um cinturão para tentar
conter uma transmissão comunitária dessa variante.”
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