O juiz catarinense Márcio Schiefler Fontes teve renovado,
pelo ministro Sergio Moro, seu mandato como conselheiro do Conselho
Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), principal órgão
colegiado do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e mais antigo
conselho em contínuo funcionamento na República. Schiefler é titular da comarca
de Joinville, onde é também juiz eleitoral, e antes judicou nas comarcas de São
José, Descanso, Turvo, Canoinhas e Tubarão. Em 2013, convidado pelo ministro
Teori Zavascki, tornou-se juiz auxiliar do Supremo Tribunal Federal (STF), até
janeiro de 2017, quando do falecimento do ministro em desastre aéreo.
Em agosto de 2017 foi indicado pela ministra Cármen Lúcia para a vaga
destinada à primeira instância da Justiça dos Estados no Conselho Nacional de
Justiça. Aprovado pela unanimidade dos ministros do STF e pelo Senado
Federal, em seu mandato no CNJ (2017-2019) reuniu em sua cadeira as funções de
supervisor do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema
Carcerário, presidente da Comissão de Tecnologia e Infraestrutura e presidente
do Comitê Gestor do Sistema Nacional de Segurança do Poder Judiciário, no qual
consolidou as oito resoluções até então editadas sobre segurança institucional
da Justiça (Resolução 291, de 23 de agosto de 2019).
No primeiro mandato no CNPCP (2018-2020), Schiefler foi relator da
proposta que vetou o indulto para uma série de crimes que até então podiam ser
contemplados, como aqueles relacionados à corrupção ou praticados contra
policiais, e enfatizou sua índole humanitária, linha depois adotada pelo
governo Bolsonaro (Decreto 9.706, de 8 de fevereiro de 2019). Foi presidente da
Comissão do Novo Plano Nacional de Política Criminal e Penitenciária, que
reuniu especialistas de todo o país num esforço que incluiu, pela primeira vez,
consulta pública nacional. O novo texto, reconhecendo o foco das edições
anteriores na chamada ressocialização, agora reforça a necessidade de maior
controle do sistema prisional e das regiões de fronteira, repressão mais
efetiva à criminalidade, especialmente a organizada e violenta, e atenção às
vítimas.
Com sede em Brasília, o CNPCP é integrado por 13 conselheiros, dentre os
quais o juiz Gustavo Marchiori, que atua na comarca de Chapecó, e foi o
primeiro órgão federal a recomendar o emprego de videoconferência nas
audiências criminais em todos os foros e ramos do Poder Judiciário (Resolução 3,de 5 de março de 2020).
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