Está confirmada para sexta-feira (26) a sessão do Tribunal
Especial de Julgamento para análise e votação do relatório sobre a denúncia
contra o governador Carlos Moisés da Silva (PSL), no pedido de impeachment
referente ao caso dos respiradores. Em virtude do agravamento da pandemia da
Covid-19, o desembargador Ricardo Roesler, presidente do tribunal, determinou
nesta segunda-feira (22) que a sessão seja realizada com a participação dos julgadores
exclusivamente por teleconferência.
De acordo com
despacho de Roesler, publicado no Diário Oficial da Assembleia desta segunda-feira, a
realização da sessão on-line respeita o Decreto Estadual 1.218/2021, de 19 de
março, que veda a realização de eventos com aglomeração. A transmissão da
sessão está mantida.
“Ainda que
fosse desejável a realização de uma solenidade aberta, híbrida, quer pela
importância do ato, quer pela democratização daquele espaço que o julgamento
representa, segundo as autoridades sanitárias não há protocolo que assegure a
integridade em ambientes herméticos para realização de um ato com tamanha
magnitude”, escreveu o magistrado.
Na sessão,
que começará a partir das 9 horas, os dez membros do tribunal, composto por
cinco deputados e cinco desembargadores, vão discutir e votar o parecer da
relatora, a desembargadora Rosane Wolff. No parecer, a magistrada recomendará o
acatamento ou o arquivamento da denúncia contra o governador.
O tribunal
apura a participação do chefe do Poder Executivo na compra dos 200 respiradores
artificiais junto à Veigamed, com pagamento antecipado de R$ 33 milhões, em
março do ano passado. Os equipamentos nunca foram entregues e o Estado ainda
não recuperou o montante pago à empresa.
Caso o
parecer da desembargadora recomende a aceitação da denúncia e seja aprovado
pela maioria simples dos julgadores (ao menos seis votos favoráveis), Moisés
será afastado temporariamente do cargo e seu julgamento terá sequência. Em
qualquer outro cenário, a denúncia será arquivada e o caso, encerrado.
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