
A Câmara rejeitou
por maioria, nesta quinta-feira (27), o Projeto de Lei 58/2021, de autoria de
Maria Tereza Capra (PT), que institui o “Dia de Luta contra LGBTfobia” no
município de São Miguel do Oeste. O projeto prevê que a data será lembrada
anualmente em 17 de maio, quando o município deverá promover atividades para
conscientização, prevenção, orientação e combate à LGBTfobia.
O projeto foi
rejeitado por 7 votos a 6 em sessão por videoconferência. Votaram a favor os
vereadores Cris Zanatta, Carlos Agostini, Gilmar Baldissera, Maria Tereza
Capra, Moacir Fiorini e Valnir Scharnoski. Foram contrários ao projeto os
vereadores Elói Bortolotti, Marli da Rosa, Paulo Drumm, Ravier Centenaro,
Vagner Passos e Vilmar Bonora. Com o empate em 6 a 6, coube ao presidente
Vanirto Conrad desempatar. Vanirto votou contrário e, com isso, o projeto foi
rejeitado.
SOBRE O PROJETO
A campanha tem como
objetivos desenvolver ações de conscientização baseada na tolerância e no
respeito ao próximo, independentemente da sua orientação sexual e/ou identidade
de gênero; promover campanhas de mobilização e sensibilização, envolvendo o
Poder Público e a sociedade civil organizada, motivando a reflexão para as
formas de enfrentamento da problemática; implantação de políticas públicas,
programas e projetos; prevenção às condutas que poderão caracterizar LGBTfobia;
estimular a conscientização sobre o respeito à liberdade de orientação sexual e
identidade de gênero e de que a prática de LGBTfobia é uma forma de violência
que prejudica toda a sociedade.
A autora do
projeto, vereadora Maria Tereza Capra, explica que LGBTfobia é o termo usado
para descrever o sentimento de ódio ou repulsa por pessoas lésbicas, gays,
bissexuais, travestis, mulheres transexuais e homens trans. “A atitude se
revela em forma de preconceito ou discriminação, explícita ou velada, e que
deve ser combatida, para que se forme uma sociedade baseada na tolerância e no
respeito ao próximo, independentemente da sua orientação sexual e/ou identidade
de gênero”.
Capra também cita
dados de vítimas de violência contra a população LGBT, e lembra que o dia 17 de
maio é conhecido mundialmente como o Dia Internacional de Combate à Homofobia.
“Infelizmente, muitas pessoas LGBT continuam a passar por situações de
preconceito, discriminação e opressão e por processos de patologização em
decorrência de suas orientações sexuais e expressões de gênero. Cabe ao Poder
Público realizar ações/debates contra a LGBTfobia, garantindo os direitos para
a promoção da cidadania plena de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e
transexuais”, acrescenta.
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