Sogro é indiciado por encomendar morte de genro no Oeste de SC

13/01/2021 - 08h11

O homicídio de Sandro Pires de Melo, na época com 42 anos, foi esclarecido pela Polícia Civil nesta quarta-feira (13). Conforme o inquérito policial, o sogro da vítima foi indiciado pela suspeita de ter encomendado o crime – que aconteceu em Pinhalzinho, no Oeste de Santa Catarina, na data de 30 de maio de 2016. Outras quatro pessoas são suspeitas do crime. 

De acordo com a Polícia Civil, no dia em que o crime aconteceu, Sandro desapareceu no fim da tarde. A companheira dele relatou, na época, que ele tinha recebido uma ligação para comparecer à uma subestação que era construída na Linha Machado, no interior de Pinhalzinho. O motivo da chamada era para fazer um orçamento para manutenção de um gramado, já que a vítima era proprietária de uma grameira. 

O carro utilizado pela vítima foi encontrado pela própria viúva na manhã seguinte, em uma pedreira localizada nas margens da SC-160, em Modelo (SC), conforme apontou a Polícia Civil. Já o corpo da vítima foi encontrado apenas três semanas depois  – em 20 de junho de 2016, às margens da rodovia SC-160, em Campo Erê (SC).

Investigação

Segundo a Polícia Civil, a investigação demonstrou que o crime foi encomendado pelo então sogro da vítima. As motivações seriam desavenças pessoais, familiares e financeiras, já que ambos eram sócios em uma empresa no ramo de gramas.

De acordo com a Polícia Civil, a mando do sogro, quatro suspeitos atiraram em Sandro – três deles trabalhavam como seguranças no local na época. O crime aconteceu às margens da rodovia SC-160. A vítima teria falecido depois de ser atingida com um facão na cabeça. O corpo foi enterrado em Campo Erê.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, os elementos apontam que o valor acertado para a execução do crime girou em torno de 50 a 70 mil reais. Interrogados, eles negaram envolvimento, entretanto dois suspeitos admitiram que receberam proposta do sogro da vítima para cometer o crime.

Todos os suspeitos foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A Polícia Civil explica que uma vez que se verificou que o crime aconteceu em Modelo (e não em Pinhalzinho como se acreditava no início), o inquérito foi encaminhado à Comarca de Modelo, onde eles serão julgados.

Segundo a Polícia, em razão da gravidade do crime, do risco à ordem pública e também de que os suspeitos ameaçaram alguma testemunha ou mesmo fugirem, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva de todos eles, o que teve manifestação favorável do Ministério Público. Entretanto, o pedido foi negado pelo Poder Judiciário, que decretou a eles outras medidas cautelares.Além disso, o Ministério Público de Modelo ofereceu denúncia em desfavor dos indiciados, o que foi aceito pelo Judiciário. Agora eles são réus e provavelmente irão a júri.

A Polícia Civil esclarece que a demora da conclusão da investigação teve três motivos: o fato de se tratar de caso bastante complexo; em razão de a investigação de ter sido encaminhada para outra Delegacia quando o corpo foi encontrado  -já que havia indicativos de ter sido o crime praticado em Campo Erê -; e em razão de ter havido nesse meio tempo algumas trocas de Delegados em Pinhalzinho e policiais responsáveis pela investigação.

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